Felipe dos Santos. Certamente você já ouviu esse nome, lá nas aulas de História do colégio. Brasil Colônia, Vila Rica, século XVIII. A Coroa Portuguesa proibiu a circulação do ouro em pó e criou as casas de fundição, que cunhavam o ouro com o selo real e já retinham a quinta parte – o quinto. Além da dificuldade de sonegar, isso tudo gerava outros transtornos. As pessoas tinham que se deslocar até as casas de fundição, gastar com hospedagem, aguentar a demora… Não tardaria em surgir revoltas. Uma delas, a Revolta de Felipe dos Santos, em 1720.
A revolta foi contida, os líderes foram mortos e as casas dos revoltosos, destruídas e incendiadas, ficando essa região conhecida, ainda nos dias de hoje, como Morro da Queimada.
No Morro da Queimada há um sítio arqueológico rico e carente de cuidados e atenção, mas sobre isso não tratarei aqui. Se você quiser saber mais sobre essa questão do parque, tem este artigo aqui da Fundação Osvaldo Cruz.
É ali no Morro da Queimada que está a Mina Felipe dos Santos, uma das minas de ouro abertas à visitação em Ouro Preto, e que nós conhecemos.
A visita guiada à mina Felipe dos Santos
Na minha última visita à cidade, eu queria visitar duas minas de ouro e contratei um guia para me levar a elas (e a outros lugares também).
A primeira mina do dia foi a du Veloso, e depois fomos até a Felipe dos Santos que, segundo o nosso guia, era uma mina cheia de História, por estar no morro da queimada, “palco da Revolta de Felipe dos Santos” e por ter um lindo lago em sua entrada e uma cascata em seu interior.
A mina não tem identificação, além de uma singela e discretíssima placa próxima à entrada. Fomos atendidos pelo Geraldo, proprietário do terreno onde está a mina, que disse que já tem um combinado com o guia de dar um desconto para os turistas que ele leva: ele nos cobrou R$ 20,00 ao invés de R$ 30,00. Não se aceita carteira de estudante e o pagamento é feito exclusivamente em dinheiro.
Colocamos uma touquinha descartável e o capacete de proteção e seguimos o Geraldo. Paramos na entrada da mina, ao lado do “lago” (que de lago não tem nada) para uma explicação introdutória bem básica.
A visita dentro da mina durou cerca de 15 minutos e foi mais focada em crenças, com vários relatos de visão de espíritos, por exemplo, do que na exploração do trabalho escravo na mina.
Quando chegamos à cascata, bom… Não é bem uma cascata, né, gente? Tá mais pra uma bica.
Minhas impressões
Foi a que eu menos gostei das três minas que visitei. O guia não soube me responder algumas perguntas e desconversava. Felipe dos Santos chegou a trabalhar nessa mina? Ou o nome é apenas uma homenagem a ele, por estar localizada no Morro da Queimada? Quem explorava a mina na época da Revolta? Com o sufocamento da Revolta, quem passou a explorá-la? Fiquei sem respostas… Inclusive, se você souber, me conta aqui nos comentários.
Achei muito cara para o tempo da visita. A do Chico Rei, na minha opinião, vale muito mais a pena.
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Mina Felipe dos Santos
Endereço: Rua 13 de Maio , 637, Bairro Alto da Cruz – Ouro Preto
Telefone: (31) 98679-6467
Horário de Funcionamento: diariamente, das 8h30 ás 17h30
Valor: R$ 30,00 (preço único)
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