Mineiros na Estrada

Viagem ao Peru: Dias 1 e 2 – passeios leves por Cusco


Tenho tanta coisa para falar sobre nossa viagem para o Peru que estava meio perdida sem saber por onde começar. A viagem foi tão incrível e há tantos detalhes, inclusive sobre a preparação da viagem, que eu tive dificuldade em me organizar.

Então resolvi começar fazendo um diário, contando o que fizemos em cada dia. Quando algo precisar ser mais detalhado, farei um post à parte, para não interromper a narrativa.

Nossa viagem durou sete noites, sendo seis em Cusco e uma em Águas Calientes. De Cusco, visitamos vários sítios arqueológicos próximos, o Vale Sagrado, uma salina e igrejas em povoados vizinhos.

Puma, um dos elementos da Trilogia Inca, representado em um poste na Plaza de Armas

Vamos ao nosso day by day.

Dia 1 – Chegada em Cusco: aclimatação

Infelizmente, não foi dessa vez que conhecemos Lima. Conseguimos uma promoção que não dava direito a stop over, então só vimos a capital peruana do alto…

A viagem até lá proporciona vistas incríveis. Sobrevoamos o Lago Titicaca e a linda Cordilheira dos Andes por muito tempo.

Sobrevoando o Lago Titicaca, divisa da Bolívia com o Peru

De Lima a Cusco, mais uma hora e vinte de Andes, com suas estradas em zigue-zague, picos nevados e lagos de águas azuis.

Quando chegamos a Cusco, já vimos a famosa montanha onde está gravado “Viva el Peru”. O avião fez uma curva bem próximo a uma outra montanha e depois pousamos, pouco antes das 15h, horário local.

Chegando em Cusco

Ao desembarcarmos, já pudemos perceber como o ar é rarefeito! Não chegamos a passar mal, mas tivemos dificuldade em respirar.

Leia também: Mal de altitude – quase inevitável, mas dá para aliviar

O aeroporto é bem pequeno. Das esteiras da bagagem já saímos na rua. Conforme combinado, o Juan, o guia que contratamos, estava lá nos esperando e nos levou ao hotel em que ficamos, o Inti Wasi. No caminho, já foi nos falando sobre a cidade e mostrando alguns lugares de interesse. Ele enfatizou bastante a necessidade de descansarmos naquele dia.

Leia também: Como foi nosso tour com guia privado pelo Vale Sagrado

Chegando ao hotel, fomos muito bem recebidos pela equipe, que já nos encaminhou para um sofá e nos deu um chá de coca. O chá não é nenhuma maravilha, mas é perfeitamente tomável. É bem melhor que chá de boldo, por exemplo. Mesmo não sendo delicioso, contudo, é recomendável tomar para aliviar o mal de altitude, chamado de soroche. Pagamos a estadia, ganhamos um mapinha e algumas informações e fomos para o quarto. Um rapaz levou nossa mala e nós subimos a escada apenas com uma mochila cada um.

Um lance de escadas, gente. Uns 20 degraus. Isso foi o suficiente para chegarmos exaustos lá no quarto. Eu não sou uma atleta, mas também não sou sedentária – faço umas corridinhas. Mas o cansaço que senti foi algo inexplicável. Aliás, tem explicação, sim: estávamos a 3300 metros acima do nível do mar. Mas, sobre o mal de altitude, leia o artigo específico que indiquei acima. Seguimos as recomendações e apenas descansamos até a noite, quando saímos para comer. Fomos no Fuego, Burger & Barbecue, um restaurante muito bom a poucas quadras do hotel.

O frio fazia com que ficasse ainda mais difícil respirar, por isso apenas demos uma volta na Plaza de Armas e voltamos para o hotel. Tomamos mais chá de coca. Que cansaço!! Pelo menos não tivemos dor de cabeça, nem enjoos.

Plaza de Armas à noite

Às 20h50 (que eram 22h50 no nosso relógio biológico), deitamos e apagamos!

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Dia 2 – Cusco

Esquecemos de colocar o relógio para despertar e quase perdemos o café da manhã. Acordamos às 8h40 – o café era até 9h! Descemos rapidinho, mas muita gente ainda estava tomando café, que, por sinal, era bem simples. Pão de forma, um outro pão que parece o sírio, queijo, presunto, manteiga, duas geleias, ovos mexidos, pipoca (com um milho diferente), iogurte, azeitonas, quatro frutas, leite, chás e um café super super super preto. Tudo era muito farto e foi reposto mesmo com o horário estando no limite.

Leia também: Onde ficar em Cusco: Hostal Inti Wasi

Depois do café, fomos comprar nosso Boleto Turístico, um ingresso que dá direito à entrada em várias atrações. Aproveitamos para conhecer o Museo de Arte Popular, que fica no subsolo do prédio onde compramos o boleto (Av. El Sol, 103). Esse museu fazia parte do boleto turístico em maio, mas, a partir de 1º de junho de 2016, não faz mais.

Seu acervo é composto de esculturas em cerâmica e fotografias de vários artesãos cusquenhos. É uma galeria interessante, mas falta espaço para tantas obras. Fica tudo muito junto. Sei lá, nos deu uma sensação de abafamento. Uma obra que nos chamou a atenção foi a da última ceia, em que, além dos apóstolos, uma mulher estava à mesa com Jesus Cristo – todos com roupas bastante coloridas! Fotografias não são permitidas.

Avenida El Sol

Descemos a avenida El Sol até o Qoriqancha, e subimos por uma ruela interna, observando os seus muros com encaixes perfeitos.

Qorikancha

Ruela em Cusco

Encaixes perfeitos

Sempre andando beeem len…ta…men…te, dada a dificuldade para respirar, saímos na Plaza de Armas. Era um domingo, dia em que ocorre o hasteamento das bandeiras do Peru e de Cusco, com desfiles de escolas e associações profissionais. Veja que curioso. As estudantes de saia, algumas de minissaia, bem difícil de andar, e saltos enormes marchando sob o sol. Algumas mal conseguiam caminhar, pois o modelito é bem desconfortável, né? Se estiver em Cusco em um domingo, passe ali na praça durante a manhã para ver como é.

Plaza de Armas

Desfile

Hora do almoço, fomos no Emperador e pedimos um Menu Turístico: entrada, prato principal, sobremesa e bebida por 25 soles. Provei Inca Cola, uma delícia de refrigerante com gostinho de Bubaloo.

Leia também: Onde comer barato em Cusco: restaurantes com Menu Turístico

Fomos para o hotel descansar um pouco. Daí uns minutos olhei pela janela, que dava para a Plaza Regocijo, e vejo muitos (mas muitos, muitos, mesmo) policiais, com armas em punho e isolando ruas. O que está havendo aqui? Ameaça de bomba? Assalto a banco? Prisão de traficante?

Plaza Regocijo, antes dos policiais

Desci para perguntar na recepção. Não era nada disso. É que à noite haveria um debate presidencial em um prédio bem na Plaza Regocijo e já estavam preparando as coisas. O Peru estava em segundo turno das eleições e as campanhas estavam a todo vapor.

Prédio do Gobierno Municipal de Cusco, na Plaza Regocijo

Já que era só isso, não havia nenhuma ameaça, fomos ao Museu Histórico Regional Casa Garcilaso, incluso no Boleto Turístico. Além da linda edificação, há sala de arqueologia, com objetos e artefatos de civilizações pré-incas e incas; sala da história da colonização espanhola, que culminou no massacre inca; histórica de Tupac Amaru, líder inca que resistiu à colonização e foi morto; e a histórica de Inca Garcilaso, filho de um espanhol com uma inca, que dá nome ao museu.

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Saímos dali e fomos premiados com mais uma manifestação cultural. Estava acontecendo uma procissão, com santos enormes e super decorados e com vestimentas típicas, carregados por muitos homens.  Vimos um pouco, fomos andar mais pelas redondezas e depois descemos para o Centro Qosqo de Arte Nativo. Na época, era integrante do Boleto Turístico, mas, assim como o Museu de Arte Popular, deixou de fazer parte em 1º/06/16. No Centro Qosqo são apresentadas diversas danças típicas de vários lugares do Peru. Eu achei interessantíssimo e relatarei com detalhes em outro post.

Procissão nas ruas de Cusco

Apresentação no Centro Qosqo de Arte Nativo

No fim do espetáculo, começamos a subir a Avenida El Sol e passamos em meio a manifestantes dos dois partidos políticos. Cada um do seu lado, com suas faixas, cartazes e buzinas, manifestando ordeiramente. Vimos também um terceiro grupo, que dizia que os dois candidatos não os representava.

À procura de um restaurante para jantar, fomos ao Plus, com uma vista linda da Plaza de Armas. Entramos por causa da simpatia do garçom que estava à porta, mas a experiência não foi boa. Macarrão cru e lasanha com gosto de industrializada.

No fim, ainda com dificuldade para respirar, fomos para o hotel e, após mais um chazinho básico de coca, tentamos descansar. O dia seguinte seria o primeiro dia de tour e estávamos com altas expectativas.


Leia também:

Roteiro de 8 dias: Cusco, Vale Sagrado e Machu Picchu

Viagem ao Peru: dia 3 – Qorikancha e Vale Sagrado (Sacsayhuaman, Qenqo, Pukapukara, Tambomachay, Pisaq)

Viagem ao Peru: dia 4 – Tour pelo Vale Sagrado (Tipón, Pikillaqta, Rumicolca Andahuaylillas, Huaro, Urcos)

Viagem ao Peru: dia 5 – Vale Sagrado (Chinchero, Maras, Moray, Ollantaytambo)

Viagem ao Peru: dia 6 – O que ver e fazer em Machu Picchu

Viagem ao Peru – dias 7 e 8: Cusco

Índice de posts do Peru


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