Considerada uma das sete maravilhas da estrada real, a Gruta da Lapinha, em Lagoa Santa, tem como características principal as marcas de um rio subterrâneo. Dentre as três grandes grutas da Rota das Grutas Peter Lund (as outras são Rei do Mato e Maquiné), é a mais próxima de Belo Horizonte.
Antes de prosseguir com a leitura deste texto, recomendamos que leia o primeiro post da série sobre a Rota das grutas. Nele, explicamos a Rota, apresentamos as grutas, damos sugestão de roteiro e mostramos como chegar a cada uma delas.
Rota das Grutas Peter Lund: informações e roteiro para 2 ou 3 dias
Neste post, contaremos como foi nossa visita à Gruta da Lapinha.
Gruta da Lapinha
A Gruta da Lapinha tem 40 metros de profundidade e 511 de extensão, mas são visitáveis cerca de 300 metros. Das grutas que compõem a Rota das Grutas é a que tem galerias mais estreitas e em alguns momentos é preciso ter cuidado com a cabeça ao se passar de um salão para outro.
São 12 salões visitáveis, iluminados por led. Alguns desses salões são interligados por escadas esculpidas nas rochas ou feitas de metal.
A Gruta da Lapinha foi “descoberta” em 1835 por Peter Lund e pertence ao Parque Estadual do Sumidouro, onde é possível fazer outras atividades, como trilhas. Até 2017, era cobrado um valor diferenciado dependendo do que se queria fazer. A partir de janeiro de 2018, contudo, o valor da entrada passa a ser único, de R$ 25,00, independente da atividade escolhida.
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Como é a visita à Gruta da Lapinha
Chegamos e fomos à recepção comprar nosso ingresso. Fomos orientadas pelas funcionárias, que são muito simpáticas, por sinal, a entrarmos na gruta sem mochilas, para ficarmos mais confortáveis (o que é bem compreensível, tendo em vista as passagens estreitas da gruta). Porém não há guarda-volumes no local.
Como ainda faltavam alguns minutos para a saída do próximo grupo, aproveitamos para visitar o Museu Peter Lund, incluso no ingresso. O museu é bem pequeno, com exposição de alguns pequenos animais taxidermizados e sementes da região. Há também 80 fósseis encontrados por Peter Lund, emprestados pelo Museu Natural de Copenhagen.
No horário combinado, fomos para o local previamente marcado: uma grande mesa com figuras e esquemas. O guia começa ali a visita, explicando sobre a formação das grutas, sobre as peculiaridades da Lapinha e sobre como seria nosso passeio.
O próximo passo é a colocação dos capacetes. Ao contrário das grutas do Maquiné e Rei do Mato, o uso desse equipamento é obrigatório na Gruta da Lapinha, acreditamos que por causa da própria estrutura da gruta. Um ponto negativo, entretanto, é que não são fornecidas toucas descartáveis. É inevitável suar com um capacete na cabeça, então esses capacetes estavam com um chulezinho bravo.
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Começamos uma caminhada bem curta, de uns 200 metros, talvez, até a entrada da gruta. No caminho, impossível não notar uma construção conhecida como Castelinho, que é o Museu Arqueológico de Lagoa Santa. É um museu privado, pago à parte. Em dezembro de 2017, custava R$ 4,00 (não visitamos).
Logo na entrada da gruta vimos estruturas que não observamos nas outras duas grutas da Rota das Grutas (Maquiné e Rei do Mato): a água corrente dos rios subterrâneos moldou as paredes e o teto da gruta, formando desenhos surpreendentes.
Há também outros espeleotemas, como estalactites, estalagmites, cortinas, coralóides e travertinos. Em um dos pontos, vemos gotejamento de água, que continua a construir estruturas em seu trabalho lento, de milhões de anos.
Na Gruta da Lapinha é onde mais podemos ver animais, como aranhas e morcegos, o que, para mim, é fascinante. Não precisa ter medo, pois eles não atacam. Contudo, é mais um motivo para não tocar nas paredes e estruturas, que podem abrigar insetos perigosos, como a aranha marrom. Em uma área da gruta conhecida como Batcaverna, percebemos uma grande mancha preta no chão: é o guano, a concentração dos excrementos dos morcegos. Com cheiro bem característico, é bastante importante para o equilíbrio ambiental dentro da caverna, pois serve de alimento para outros pequenos animais.
Ao contrário das outras duas grutas em que entramos e saímos pelo mesmo lugar, aqui é percorrido um circuito, então se você gostou muito de algum ponto específico, aproveite para olhar bastante, pois você não passará por ele novamente.
Informações importantes para visitar a Gruta da Lapinha
- Horário de funcionamento: de terça a domingo, das 9h às 17h (último grupo às 16h).
- Telefone: (31) 3689-8592
- Valor: R$ 25,00 – em janeiro de 2018. Pagam meia entrada estudantes com carteirinha, idosos e menores de 12 anos. Pagamento apenas em dinheiro.
- Duração da visita: 40 minutos
- Distância percorrida dentro da gruta: 300 metros
- Estrutura: não há lanchonetes, apenas banheiros e bebedouros.
- Há um museu chamado Peter Lund, no qual estão estão expostos 80 fragmentos encontrados por Peter Lund, emprestados pelo governo dinamarquês, incluso no ingresso.
- Há um outro pequeno museu conhecido como Castelinho, que é privado e cuja entrada é paga à parte (R$ 4,00 em dezembro de 2017).
- Obrigatório o uso de calçados fechados.
- A gruta faz parte do Parque Estadual do Sumidouro. Outras atividades que podem ser feitas no Parque: Circuito Lapinha, Trilha da Travessia, Trilha do Sumidouro, Escalada. Essas atividades precisam ser agendadas.
- Informações sobre a Gruta da Lapinha no site oficial do Circuito das Grutas.
- Informações sobre o Parque Estadual do Sumidouro.
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