Mineiros na Estrada

Como foi nosso tour com guia privado pelo Vale Sagrado


Quando se planeja uma viagem para Machu Picchu, é bem comum que o viajante separe um tempo também para o Vale Sagrado. Quanto tempo vai depender do seu interesse e de quantos dias dispõe para sua viagem.

Para visitar o Vale Sagrado dos incas você tem cinco opções:

1- A primeira delas é alugar um carro e percorrer tudo por conta própria. Indico um texto de outros blogueiros que optaram por isso no final do post.

2- A segunda é combinar um preço com algum taxista para que ele te leve nos locais escolhidos.

3-A terceira é enfrentar o transporte público, que chega a alguns dos pontos. Em outros, vai ser preciso pegar um táxi também. Não faço ideia do tamanho do perrengue que você vai encontrar pela frente, mas no final do post eu indico um texto de outra blogueira que fez isso.

4- A quarta é se encaixar nos passeios que as agências oferecem, contratando uma excursão. É o que a maioria faz e também tem indicações no final.

5- E a quinta, que foi a que nós escolhemos, é contratando um guia privado. Contaremos neste post como foi nossa experiência.

Leia também:

Nosso roteiro de 8 dias pelo Peru

Índice de posts sobre o Peru

Por que contratamos um guia privado?

Antes, deixa eu explicar os motivos que nos levaram a escolher essa opção. Não quisemos alugar um carro porque queríamos aproveitar cada momento sem ter que preocupar em prestar atenção na estrada, sem ter a preocupação de dirigir. Não quisemos contratar um taxista porque queríamos mais que um motorista, queríamos alguém que nos explicasse o que estaríamos vendo, não apenas que nos conduzisse. Não queríamos perder o curto tempo esperando ônibus, que nem chega a todos os lugares que pretendíamos visitar.

Dentre as opções com guia, sobraram excursão e guia privado.

Só que viajar para Cusco e Machu Picchu era um sonho muito antigo. Já que eu iria realizá-lo, não queria só ver ruínas. Eu queria aprender sobre a História dos antigos habitantes daquele lugar e entender a cultura dos que hoje vivem ali.

Leia também: O que ver e fazer em Machu Picchu

Por isso, optamos por uma viagem mais lenta dedicando mais tempo para conhecer melhor o Vale Sagrado.   

Escolhi os lugares que queria visitar (com influência de blogs de viagem, como o Sundaycooks, que é completíssimo) e comecei a mandar emails para agências para me informar sobre tours. Nenhuma delas me atenderia nos três dias, do modo como gostaria. Além disso, a ideia de ficar fazendo excursão, com grupos grandes e heterogêneos não nos agradava. A gente tem que se adaptar ao horário do grupo, ao tour determinado e inflexível, ao idioma que é inglês ou espanhol, e tantas outras coisas. Não era o que queria para esta viagem.

Mais uma vez com ajuda do Sundaycooks, comecei a pesquisar guias privados. Escolhi o Juan, por indicação de brasileiros que usaram seus serviços e por sua prontidão em me responder e-mails e whatsapp. Ficou mais que dobro do valor do tour coletivo, mas teríamos um guia só para nós, em carro, e não van ou ônibus, falando portunhol, e ficaria mais livre para ditar o ritmo dos passeios.

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Como dividimos os dias de passeio

Seriam  três dias, então eu procurei separar por localização.

Por e-mail, fechamos os lugares que visitaríamos em cada um dos dias, bem como os horários de começo e término dos passeios. Abaixo está o resumão, mas já fiz um post superdetalhado para cada dia.

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Dia 1

No primeiro dia, passeamos pela Plaza de Armas e Qoriqancha, que ficam dentro de Cusco.

O passeio pelo Vale Sagrado começou por Saqsaywaman, que fica a 3 quilômetros de do centro de Cusco, e depois fomos para Kenko, Pukapukara e Tambomachay, que ficam mais ou menos próximos. Almoçamos em um restaurante com vista para o Vale Sagrado e fomos até Pisaq, que foi mais distante.

Leia o relato completo sobre esse dia:

Viagem ao Peru: Dia 3 – Qorikancha e Vale Sagrado (Sacsayhuaman, Kenko, Pukapukara, Tambomachay, Pisaq)

Vista que se tem lá após subirmos Pisaq

Dia 2

No segundo dia, fomos para sítios arqueológicos que ficam a sudeste de Cusco: Tipón, Pikillacta, Rumicolca e as igrejas de Andahuaylillas, Huaro e Urcos. O combinado com o Juan era irmos a Andahuaylillas apenas, mas, como estávamos com tempo, deu para irmos também às outras duas.

Leia o relato completo sobre esse dia:

Viagem ao Peru: Dia 4 – Tour pelo Vale Sagrado (Tipón, Pikillacta, Rumicolca e as igrejas de Andahuaylillas, Huaro e Urcos)

Felizes da vida em Tipón.

Dia 3

No terceiro dia, fomos para sítios a noroeste de Cusco: Chinchero, Maras (que não está no boleto turístico), Moray e Ollantaytambo. Ali nós pegamos o trem para Machu Picchu.

Leia o relato completo sobre esse dia:

Viagem ao Peru: Dia 5 – Tour pelo Vale Sagrado (Chinchero, Salinas de Maras, Moray e Ollantaytambo)

Moray

Qual o preço?

Olha, o tour foi fechado em março de 2016 e a viagem foi feita em maio de 2016. O Juan não foi o mais barato que encontrei, mas também não foi o mais caro. O que me levou a escolhê-lo foi, como já disse, a rapidez e a educação em responder meus muitos e-mails, além das boas indicações que vi no Sundaycooks.

Ele nos cobrou 290 dólares para o casal, para os três dias. O mais barato que encontrei cobrava 275 dólares. O pagamento foi feito em dinheiro, no final do terceiro dia. Não estava incluído o boleto turístico e a alimentação, nem as entradas ao Qoriqancha, às Salineras de Maras e à igreja de Andahuaylillas.

Leia também: O que é e como utilizar o Boleto Turístico de Cusco

Pontos positivos

O Juan fala portunhol muitíssimo bem. Sabe bastante sobre aquilo que explica, é simpático, mas também muito discreto. Eu e Guto, por exemplo, não gostamos quando o guia fica perguntando demais sobre as nossas vidas, tipo, com o que trabalhamos, o quanto viajamos e tal… E o Juan não fez nenhuma pergunta pessoal. Houve momentos, como na hora do almoço, em que conversamos sobre assuntos não incas, mas nem nesses momentos ele foi invasivo.

Outro ponto que nos ajudou muito foi ele ter nos buscado no aeroporto no dia da chegada, pois assim já tivemos um primeiro contato com ele e ele nos mostrou alguns pontos importantes no centro de Cusco.

Juan é um excelente motorista. Além disso, o carro era novo e superconfortável, um Hyundai Elantra.

E, sobretudo, as explicações eram dadas sem pressa, mostrando profundo conhecimento, falando com muita firmeza e demonstrando muito amor pela sua terra e por suas origens.

Guia Juan explicando o lugar

Um ponto a se considerar

Só teve uma coisinha que agora pra frente eu vou incluir na minha lista de perguntas ao guia se algum dia quiser contratar um outro serviço privado. “O tour é privado mesmo? Só você, Guto e eu?”

Falo isso porque no primeiro dia de tour o Juan apareceu com um casal de brasileiros lá na porta do nosso hotel e eles nos acompanharam durante os três dias. Quando tínhamos que nos deslocar de carro, eles iam em outro veículo, com a Azucena, esposa do Juan, mas durante visitas aos sítios eles ficavam conosco.

No fim das contas, não foi nenhum problema porque o casal era super simpático e a mulher era meio que a louca das ruínas, como eu, então os perfis eram bem parecidos. Mas, imagina se eles fossem uns malas sem alças? Ou mesmo tivessem interesses bem diferentes?

De qualquer forma, eu achei que isso deveria ter sido dito durante as negociações, porque contratei um tour privado para duas pessoas.

De toda forma, nós gostamos bastante dele e indicamos, sim, o seu trabalho.

Por isso, vou colocar os seus contatos para quem quiser um orçamento:

Juan Carlos Valle
E-mail: jvcwasa@hotmail.com
Facebook

Vale a pena contratar guia privado?Para nós valeu demais!

Mas não é todo mundo que gosta de intensivão de História, então você precisa ponderar se isso que fizemos é também o seu estilo.

Antes de se decidir, vale a pena dar uma lida em experiências diferentes e por isso trouxe algumas aqui para você poderem comparar.

A Angela, do blog Apure Guria, e o João Olavo, do Destinões, e a Fernanda, do Tá indo pra onde?, fizeram o tur com agência.

A Gabi e o Fabrício, do Projeto 101 Países, alugaram um carro e percorreram o Vale Sagrado de maneira independente.

A Camila, do O Melhor Mês do Ano, foi mais corajosa e fez passeios de ônibus e vans.

E você? Qual te agrada mais? Já foi e tem algo para contar? Vamos trocar ideias aqui nos comentários.

Ollantaytambo


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