Mineiros na Estrada

Vale a pena conhecer o Refúgio Biológico em Itaipu Binacional?


Atualizado em setembro de 2017

Para construir uma hidrelétrica, é preciso represar um rio criar um grande lago. Com Itaipu Binacional não foi diferente.

A área alagada deixou submersa uma ampla área de floresta e mais de 8500 propriedades, só do lado brasileiro. Foram 170 quilômetros de terras inundadas entre as cidades de Guaíra e Foz do Iguaçu. Guaíra perdeu as Sete Quedas, que era a maior cachoeira do mundo. A população protestou, mas, claro que não adiantou. Jogue no Google “Sete Quedas de Guaíra” e veja a belezura que era. Com certeza, mesmo com a Mymba Kuera, muitos animais morreram afogados.

Para tentar amenizar o enorme estrago causado à natureza, Itaipu Binacional tem alguns programas ambientais. Um deles é o Refúgio Biológico Bela Vista, onde há plantio de árvores nativas e cuidado com animais.

Veja aqui como ir de transporte público a Itaipu.

Vou relatar o como foi este passeio, mas já entrego: foi chato pra caramba. Mas, claro, que isso foi a NOSSA opinião.

O passeio é em uma carretinha aberta dos lados, super quente. A guia, que por sinal era ótima, vai de ré, de frente para galera, explicando tudo.

Passamos por uma área de piracema artificial. É que agora nem um peixe com super poderes conseguiria pular a barragem para procriar. Então, eles meio que enganam os peixinhos, preparando um lugarzinho para eles desovarem.

Passamos por um gramado com capivaras. Nada que quem já foi à Lagoa da Pampulha não tenha visto.

E, então, vamos entrando na mata. Lembro que a guia explicou que, no começo, plantaram árvores de um jeito, mas que aí deu tudo errado e tiveram que mudar esse jeito, mas eu estava com tanto calor, que nem dei muita bola. E olha que eu gosto de natureza.

Passamos pela cozinha, onde são preparadas as refeições dos animais e depois descemos da carretinha para começar a trilha na mata, agora com outro guia.

Bicho solto a gente só viu as capivaras do começo e um quati. Os outros, e nem são muitos assim, estavam em jaula. Algumas aves, jacarés, anta, cobra e duas onças. Paramos à beira do lago, mais algumas explicações. Mas, como o guia não era biólogo, não soube responder muitas perguntas do grupo, que eram sobre os animais. Como o passeio é guiado, o tempo é todo cronometrado. A galera gostou das onças, que são inclusive os garotos-propaganda do passeio, mas não dava para ficar muito tempo no seu recinto. E aquela imagem da onça vindo pertinho do vidro nem rolou. No calor que fazia, as duas estavam preguiçosinhas na beira do lago.

Sinceramente, não valeu a pena! Totalmente dispensável  para nós. Vá se você nunca foi a um zoológico na vida. Aliás, em Foz tem zoológico, em frente ao TTU. Não fui, então não posso opinar, mas mesmo que seja fraquinho, o custo-benefício deve ser melhor, pois ele é grátis e também tem onça (o Refúgio é R$ 22,00 – fevereiro de 2017).

E acho que nem se você for super-hiper-mega-blaster amante da natureza vai gostar, sabe por quê? Porque aí o que vai pensar é que nem mil refúgios biológicos compensam o enorme impacto ambiental da construção de uma hidrelétrica. Foi isso que eu ouvi lá, rs.

Minha humilde opinião, tá? Leia outras aqui. Agora, uma coisa é certa: eles são extremamente organizados e simpáticos.

Mais informações:
www.turismoitaipu.com.br
www.itaipu.gov.br

Leia também sobre os outros passeios em Itaipu Binacional:

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Como é o Circuito Especial de Itaipu Binacional

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