Mineiros na Estrada

Roteiro pelo Centro Histórico de Florianópolis


Florianópolis não tem um super centro histórico, mas há, sim, um pequeno percurso que pode ser feito para contemplar antigas construções. A CDL de Florianópolis, com patrocínio do governo do Estado e apoio da Prefeitura, bolou o “Roteiro Autoguiado do Centro Histórico de Florianópolis”. Você pode pegar o seu ainda no aeroporto, no stand de informações turísticas.

Seguindo esse roteiro, você vai passar por 25 pontos, sendo que alguns deles estão no mesmo lugar. Por exemplo, na Praça XV de Novembro, um ponto, estão o Monumento aos mortos na Guerra do Paraguai, outro ponto, e a Figueira, mais um ponto.

Para auxiliar o turista, foram colocados mosaicos formando um boizinho, o folclórico Boi de Mamão em alguns dos pontos. Eu procurei, procurei, e não vi boi nenhum, mas depois descobri que não são todos os lugares que foram marcados com o mosaico, por questão de preservação do piso original.

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Eu usei o roteiro da CDL como base e montei o meu próprio, já pensando na facilidade para estacionar. Marquei no mapa abaixo o meu trajeto e passo a explicá-lo para vocês.

Vamos lá.

Paramos o carro em um estacionamento rotativo (A) próximo ao Mercado. Dê um zoom no mapa para você entender. A fileira de carros que está mais embaixo é o rotativo, a R$ 2,00 a hora. As demais fileiras pertencem a um estacionamento privado, que cobra R$ 10,00 por hora. Lá no rotativo fica um funcionário vendendo “as horas” e registrando a placa do carro numa espécie de computador portátil. A desvantagem é que só é permitido vender de duas em duas horas, então, vencido seu tempo, você tem que voltar e comprar mais. Mas, ao meu ver, vale a economia. É tudo relativamente perto.

Começamos pelo Mercado Público de Florianópolis (B), cuja construção começou em 1899. Não é muito grande. Vendem-se alimentos, roupas, ervas, artesanato. No vão central ficam as mesinhas dos restaurantes.

Passamos para a Casa da Alfândega (C), prédio inaugurado em 1876 que funcionou como repartição pública até 1964, quando o porto da cidade foi desativado. Hoje é um centro de artesanato e está precisando de uma pintura.

O prédio da direita é a Casa da Alfândega e o Mercado está ao fundo

A Casa da Alfândega fica no chamado Largo da Alfândega (D), onde você verá o Monumento às Rendeiras. Devo confessar que achei que fossem pinos de boliche (por favor, não ria), mas depois descobri que são bilros, instrumentos usados habilidosa e incrivelmente pelas rendeiras (já falei delas aqui). No Largo estava acontecendo uma feira.

Monumento às rendeiras

Gerência Regional do Patrimônio da União

Continuamos andando, atravessamos a rua e chegamos à Praça Fernando Machado (E), onde está a estátua dele, que foi um comandante de uma tropa na Guerra do Paraguai e morreu em combate.  Nessa praça está uma minúscula construção chamada Museu do Saneamento (F), que é a primeira “Estação de Elevação Mecânica de Esgotos”, marco da primeira rede de esgotos implantada na cidade, em 1909.

Praça Fernando Machado

Museu do Saneamento

Mosaicos em uma parede no Largo

Subimos a rua, e vimos à direita a Casa de Câmara e Cadeia (G), construída entre 1771 e 1780. Já funcionou também como Prefeitura e Câmara Municipal.

Subindo novamente a rua e virando a primeira à direita, estamos na rua Victor Meirelles, onde está a Casa Víctor Meirelles (H), sobrado onde nasceu o pintor, autor do quadro A primeira missa no Brasil. O prédio é tombado pelo Iphan e abriga o Museu Victor Meirelles, expondo telas deste e de outros pintores.

Subimos agora a rua Saldanha Marinho, que faz esquina com a Casa Victor Meirelles. Nessa rua está o Museu da Escola Catarinense (I), que tem entrada gratuita, mas a gente não visitou.

Subimos a Saldanha Marinho e viramos à esquerda e à esquerda novamente. Chegamos ao Largo da Catedral, mas antes de seguirmos, paramos para olhar uns sobradinhos fofos de 1834 (J).

Agora sim, fomos até a Catedral Nossa Senhora do Desterro, a Catedral Metropolitana de Florianópolis (K). Estava acontecendo uma missa, então entramos discretamente a apenas observamos lá do fundo mesmo. A primeira igreja foi construída entre 1753 e 1773, mas, em 1922, foram acrescentadas duas torres e um carrilhão de cinco sinos.

Descemos para a Praça XV de Novembro (L), um local agradável, com muitas árvores e banquinhos para descansar. No meio da praça, está a centenária figueira, plantada em 1871!!

A figueira centenária

Em frente à praça, está o Palácio Cruz e Sousa (M), que visitamos e relatamos como foi aqui.

Subimos a rua do Palácio, passando pela lateral da Catedral, e viramos a esquerda, na Vidal Ramos (N), uma charmosa rua comercial. Na primeira rua que corta a Vidal Ramos, à direita, vimos a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito (O), cuja construção começou em 1787 e só terminou em 1830.

Voltamos à Vidal Ramos e na outra esquina paramos para almoçar no Restaurante Central (P) (Vidal Ramos, 174), um restaurante de comida a quilo. Não me lembro exatamente o preço, mas era bem mais de 50 reais. Porém, a salada era orgânica, o que acho que explica o porquê do local estar tão cheio, mesmo não sendo barato. A comida estava muito boa.

Descemos a rua Deodoro até a Felipe Schmidt, que tem prédios históricos, como este azulzinho da esquina (Q).

Na outra esquina está a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco (R), construído entre 1802 e 1815, e que atualmente passa por reforma.

Por fim, fomos voltando em direção ao estacionamento, observando o casario da rua Conselheiro  Mafra (S), do fim do século XVII e começo do XVIII, e o Cais Frederico Rolla (T), de 1868. O mar chegava até bem perto do cais até 1975, quando houve o aterramento da Baía Sul.

Após fazermos todo esse passeio, pegamos o carro e fomos até o Forte de Santana do Estreito. Mas aí já você pode ler aqui.

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