Mineiros na Estrada

Como é viajar de barco de Colonia del Sacramento para Buenos Aires


Após passarmos o dia na lindíssima Colônia del Sacramento era hora de irmos para Buenos Aires, de barco, com a empresa Buquebus. Voltamos para a rodoviária para pegarmos nossas malas no guarda-volumes e fomos para o porto debaixo de uma fina chuva (mas é bem pertinho).

O Porto de Colônia é novo, bonito e arrumado. Há lojas das empresas que ali operam, casa de câmbio e um centro de informações turísticas. Fomos primeiro para o guichê da Buquebus e despachamos nossas malas. Aí tivemos que esperar ali no saguão até a migração abrir. Quando estivemos lá, o funcionário que ficava na portaria nos disse que não há hora certa para abrir a porta. Não houve qualquer aviso sonoro e não veio ninguém avisar. De tempos em tempos, a gente levantava e ia verificar se já estava liberado.

Saguão do porto
Guichês da Buqueus. Aqui se despacham as malas.

Uma vez na sala de migração, todo mundo faz fila e vai sendo chamado para os guichês, onde há um funcionário uruguaio e um argentino. O uruguaio verifica sua passagem, seu passaporte, bate o carimbo de saída e já passa tudo para o argentino que divide o guichê com ele. Aí ele verifica também e bate o carimbo de entrada.

Então, subimos a escada rolante até a sala de embarque, que é ampla, com muitas cadeiras e uma lanchonete. Na hora de embarcar foi um pouco confuso. Havia duas companhias saindo quase no mesmo horário (ou no mesmo, não tenho certeza), a Buquebus e a Colônia Express. Ninguém sabia direito qual fila era de qual até a hora exata de começar a entrar no barco.

Sala de embarque

Mas aí veio um funcionário e gritou o nome das companhias, encaminhando o pessoal para as corretas, e ainda orientou quem era “bodega” (quem vai com carro no barco) a ir para outra fila.

Dentro do barco não tem lugar marcado. A gente foi pra janelinha, não sei porquê, pois estava completamente nublado e não se via nada lá fora além do branco.

O barco é bem espaçoso, tem freeshop, TV, banheiros, lanchonete.

Interior do barco

Fomos assistindo à parte do jogo entre Brasil e Camarões pela Copa do Mundo. Imagina só. Um barco a caminho de Buenos Aires, cheio de argentinos e com um tiquinho de brasileiros. Primeiro gol do Brasil. Todo mundo tímido. Ninguém gritou. Só se via uns braços se mexendo e se ouvia um “yessss” sussurrado. Minutos depois Camarões marcou. Aí os hermanos vibraram! E isso atiçou os brasileiros, que, até então, estavam caladinhos. Mais uns lances e o Brasil virou... E a meia dúzia de brasileiros que estava no barco vibrou com se fosse a maioria.

Ao chegar a Buenos Aires, todos pegam as bagagens, tal qual em aeroportos. Esteira demorada e medinho de a mala não aparecer.  Como quase sempre, ela aparece, ainda bem!

Saindo do porto, bem na porta tem parada de táxi. Esperamos uns dez minutos e logo chegamos ao nosso hotel.

(Foto de abertura: Buquebus.com)


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