Mineiros na Estrada

Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses: o Circuito Lagoa Azul


Mal chegamos a Barreirinhas e já saímos para o primeiro passeio, ansiosos para conhecermos o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. Começamos pelo Circuito Lagoa Azul, que é vendido como de grau de dificuldade médio e tem meio dia de duração.

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As agências costumam oferecer duas saídas: uma pela manhã, às 9h30, com retorno às 13h, e outra pela tarde, com saída às 14h e retorno às 18h, após o pôr do sol.

Às 13h55, nosso guia da agência Vale dos Lençóis Turismo já estava na pousada para nos pegar. Somente veículos 4×4 chegam ao parque e, segundo os guias nos disseram, apenas os da Toyota aguentam o tranco – dentre eles, os melhores são as Toyota Bandeirante. A galera vai em bancos colocados na carroceria do carro, que é coberta – mas não tem cinto de segurança.

Depois que todos os turistas embarcam, o carro para em um mercadinho para quem quiser comprar água e lanchinhos. Costuma ter uma caixa térmica na Toyota para guardarmos nossas águas.

Passamos em outras pousadas e logo pegamos a primeira parte da trilha, ainda em Barreirinhas, até a balsa para atravessar o Rio Preguiças. Como os carros saem todos mais ou menos no mesmo horário, costuma ter uma pequena fila, pois a balsa só passa com quatro veículos por vez. Esperamos a terceira viagem e logo embarcamos todos para cruzar o rio, uma travessia curta, que deve ter durado uns cinco minutos.

Um dos carros pegando turistas na pousada

A balsa que atravessa o rio Preguiças

Do lado de lá, todo mundo sobe no carro novamente e aí começamos a trilha de 12 quilômetros em direção ao Parque Nacional.

O caminho é estreito e quem fica nas laterais deve ficar atento para não tomar galhada na cabeça. O nosso guia do dia, o Djalma, foi conosco lá em cima e, com sua experiência, nos alertava quando estávamos próximos a um trecho mais tenso. É importante também segurar-se bem, pois a areia fofa faz com que o carro pule bastante e também tem o vento – delicioso para o calor intenso da região, mas que pode te fazer perder o chapéu. Fora isso, a paisagem já é superbonita, alternando trechos alagados, vegetação rasteira, árvores frondosas, palmeiras e muita areia.

Em cerca de 50 minutos, chegamos ao ponto onde os veículos credenciados são permitidos. Os motoristas ficam nos veículos e o guia segue a caminhada conosco. Deixamos os chinelos no carro e fomos caminhando de boa, pois a areia não é quente.

A primeira duna eu diria que é nível fácil, mas, apesar de não ser tão íngreme, é extensa. Nós estávamos tão eufóricos de estar lá, uma viagem planejada há tanto tempo, que achávamos aquela areiada toda sem fim já muito bonita. Vencida a primeira duna, chegamos à primeira vista, à primeira lagoa, ao primeiro sentimento inexplicável que tomou conta de nós. Essa lagoa não tem nome, disse o Djalma, mas para nós foi marcante, pois foi o primeiro contato que tivemos com aquela maravilha da natureza. Ficamos um tempo ali observando boquiabertos e deslumbrados.

Inesquecível

Partimos para a segunda lagoa, a dos Toyoteiros, onde fizemos a primeira parada para banho. Aqui havia uns três vendedores de picolé (R$ 5,00 com casquinha de chocolate. Não é aquela gostosura, mas é gelado e doce ).

Passamos por mais algumas lagoas: Esmeralda, Preguiça, da Paz, do Peixe e Azul. As paradas para banho foram na Preguiça e na Azul.

Como fizemos o passeio vespertino, por volta das 17h começamos a caminhada para subir a duna da Lagoa do Peixe, onde todo mundo procura um lugar para sentar para contemplar o pôr do sol. Mais um espetáculo inesquecível, que fez essa viagem ser tão especial.

Todos retornando para suas Toyotas, que aguardam no “estacionamento”

O trajeto de volta já é feito à noite. Chegando à balsa, já havia fila, mas o tempo passou rapidinho, pois há tapiocas feitas na hora: de carne de sol, queijo, carne com queijo ou leite condensado com coco (R$ 5,00 – julho de 2017). Chegamos à pousada às 19h30.

Circuito Lagoa Azul

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