Mineiros na Estrada

Rota das Grutas Peter Lund: a Gruta Rei do Mato, em Sete Lagoas


O Monumento Natural Estadual Gruta Rei do Mato foi a segunda gruta que visitamos na Rota das Grutas Peter Lund. Antes de prosseguir com a leitura deste texto, recomendamos que leia o primeiro post da série sobre a Rota das Grutas. Nele, explicamos a Rota, apresentamos as grutas, damos sugestão de roteiro e mostramos como chegar a cada uma delas:

Rota das Grutas Peter Lund: informações e roteiro para 2 ou 3 dias

Neste post, falaremos sobre como foi a nossa visita à Gruta Rei do Mato.

A Gruta Rei do Mato

O nome da gruta vem de uma lenda de um ermitão que andava pela região e que era conhecido como Rei do Mato. Quando a gruta foi descoberta, passaram a acreditar que o Rei do Mato morava ali.

Dentre as três grutas que visitamos, Rei do Mato, Maquiné e Lapinha, achamos a Rei do Mato a mais impressionante, tanto por seus incríveis espeleotemas, quanto por sua profundidade. Na medida em que vamos descendo, ficamos, em alguns pontos, com os nossos olhos na altura das estalactites, as estruturas que descem do teto.

Leia também: 

Rota das Grutas Peter Lund: a Gruta do Maquiné e o Museu Casa Guimarães Rosa, em Cordisburgo

Rota das Grutas Peter Lund: a Gruta da Lapinha, em Lagoa Santa

E-suítes SPA Lagoa Santa: ótima hospedagem para percorrer a Rota das Grutas

Para visitar a gruta, é só comprar o ingresso na bilheteria e esperar o horário do próximo grupo, já que as visitas são sempre guiadas.

O tour começa com uma passadinha na Grutinha, para vermos pinturas rupestres e uma réplica de esqueleto de um Xenorhinotherium bahiensis, um animal do período Pleistoceno, possivelmente herbívoro, que possuía tromba e fossas nasais na cabeça, provavelmente para conseguir respirar enquanto estava submerso.

Pinturas rupestres na Grutinha

Réplica de Xenorhinotherium bahiensis

Caminhamos alguns metros mais até a entrada da Gruta Rei do Mato e logo ao ingressar somos surpreendidos por muita beleza. A gruta tem cerca de 998 metros de extensão, mas a visita guiada percorre apenas 220 metros. Escadas com corrimãos foram instaladas para descermos os 30 metros de profundidade da gruta. É preciso ter atenção, pois os degraus são vazados e estreitos – se você tiver um pé maior, ele não caberá nos degraus, mas é só ter cuidado e se segurar, não é nenhum esporte radical. Outra coisa a se atentar é com os objetos pessoais como os celulares e os óculos, especialmente ao abaixar a cabeça para olhar as profundezas da caverna, pois se cair alguma coisa, já era.

Está gostando do blog? Então, curta nossa página no Facebook!

A Gruta Rei do Mato possui quatro salões, todos  iluminados com led. O primeiro deles é o da Couve-Flor, por motivos óbvios. Você vai bater o olho e entender o porquê. O segundo é o Salão dos Blocos Desabados, onde estão blocos gigantes, uns sobre os outros. Temos aqui também uma parte triste, com muitas estalactites com pontas quebradas. Quando não havia controle de visitantes na gruta, pessoas cortavam pedaços, ou para levar de lembrança, ou para vender, achando que valiam algo, por terem brilho. Você verá também, tanto nesta gruta, como na Lapinha e no Maquiné, nomes e datas riscados nas paredes.

Salão Couve Flor

Outras formações maravilhosas no mesmo salão

O terceiro salão é o Salão Principal, o maior da gruta, com 80 metros de extensão. Aqui deixamos a imaginação fluir. Vimos castelos, sorvetes e uma bailarina. Uma bacia de travertino estava cheia e formou um lindo reflexo dos espeleotemas.

Salão Principal

Reflexo dos espeleotemas na bacia de travertino

Sorvetão

O último salão é o destaque da gruta, o Salão das Raridades. Aqui estão duas enormes formações, chamadas de Torres Gêmeas. São duas colunas com cerca de 12 metros de altura, uma formação única no mundo! Segundo o guia, somente na Espanha há uma formação parecida, mas uma é coluna e outra é uma estalagmite.

Torres Gêmeas – impressionante!

A gruta é impressionante e nós podemos ver que ela ainda está em formação, pois a água continua a escoar e formar espeleotemas. Vimos até uma estalagmite bebê, com cerca de 2000 anos. Por isso é considerada uma gruta viva pelos estudiosos. Daí a importância em não tocar em nenhuma das estruturas, pois a oleosidade das mãos pode impedir o trabalho da água. Em vários pontos você verá que as rochas estão escuras e ali a água passa direto, ou seja, a formação de espeleotemas foi interrompida.

Estalactites

Informações gerais sobre a Gruta Rei do Mato

Nessa foto dá para ver as estalactites quebradas

Gostou? Salve no Pinterest e consulte sempre que quiser: