Bate-volta para a Praia dos Carneiros partindo de Porto de Galinhas

Gê Azevedo

6 anos atrás

A Praia dos Carneiros é conhecida por esse cartão-postal aí da foto de abertura. Uma singela igreja à beira-mar, à frente de coqueiros, e uma praia que forma pequenas piscinas naturais na maré baixa. Localizada a 54 quilômetros ao sul de Porto de Galinhas, é um bate-volta superfactível para quem está hospedado ali. Várias empresas oferecem esses passeios. Neste post você vai ver como ir de Porto de Galinhas a Praia dos Carneiros com uma agência, ou melhor, como foi a nossa experiência fazendo um bate-volta com uma empresa de turismo.

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Nós contratamos a Maracatur, que nos cobrou R$ 50,00 por pessoa, incluído aí o transporte e um passeio de catamarã (preço de outubro de 2017 – BAIXA temporada).

Como foi o nosso passeio

O combinado era nos buscarem na pousada às 8h30, mas às 8h10 o rapaz já estava lá, mas não com o ônibus, que estava estacionado em outra rua, a pouco mais de 100 metros. Não entendemos o porquê.

Passamos em várias pousadas para pegar outras pessoas e demorou uma vida, pois ainda fomos lá em Maracaípe e depois voltamos ao centro para pegar a rodovia. Disseram que normalmente carros menores buscam os hóspedes que estão fora do centro, mas nesse dia isso não ocorreu.

O guia era mala pra caramba, foi falando o tempo todo, num volume bem elevado. Ele disse pro povo fazer perguntas, ninguém perguntou nada, então começou a dizer coisas aleatórias e até sobre a Revolução Farroupilha ele falou! Só sei que chegamos em Carneiros com dor de cabeça!

Lá na Praia de Carneiros, ficamos no restaurante Bora Bora, na beira da praia. Não é cobrada consumação mínima, nem aluguel de cadeiras. Todo mundo recebe uma pulseirinha para usar a estrutura do restaurante: banheiros, duchas, redes, espreguiçadeiras etc.

A comida era bem cara – cerca de R$ 60,00 o prato individual, então nós comemos besteiras dos ambulantes que ficam do lado de fora da cerca do restaurante, na areia da praia.

Chegamos por volta das 10h10, com a maré bem baixa, e foi uma delícia aproveitar a praia, com suas piscininhas naturais e muitos peixes. Uma coisa bacana é ver a variação da maré com o passar das horas.

Praia dos Carneiros – ambulantes do lado de fora do Bora-Bora. Quando a maré sobe, chega até as cercas…

…como você pode ver nesta foto, tirada por volta das 15h.

Muitos peixes ao nosso redor, durante a maré baixa.

O horário do nosso catamarã era às 12h – isso não dá para escolher: são as próprias agências que gerenciam, de acordo com o movimento do dia. Pouco antes do horário, avisam pelo sistema de som: “grupo do guia fulano, se dirigir ao catamarã de cor tal”.

Como a maré ainda estava bem baixa, temos que andar um bocado até chegar nele. Ao contrário de uns outros barcos que vimos, que era todo coberto, o nosso tinha apenas uns poucos lugares sob uma cobertura. Conseguimos duas cadeiras separadas para meus avós e fomos em pé, lá atrás com eles. Passar uma hora e 40 minutos sob o sol, a partir de meio-dia, não ia rolar.

A viagem é animada, tinha um trio tocando um forrozinho e um animador que dava as orientações sobre o passeio também. Só que faltou um sistema de som. Nós que estávamos mais ao fundo mal conseguíamos entender o que ele falava.

Nosso catamarã. O animador e o trio da música.

A primeira parada, de 15 minutos, era em um grande banco de areia. Podemos descer e tirar fotos.

Depois voltamos para o barco e navegamos até a segunda parada, que é no banho de argila, onde ficamos uns 20 minutos. Ali trazem dois tipos de argila, uma vermelha, que dizem ser boa para celulite e gorduras localizadas e a branca, que é boa para esfoliar e rejuvenescer – se tiver fé rejuvenesce dois anos, garantem eles. A galera se jogou! Os locais vendem pacotinhos de argila e sabonetes feito com esse material também. Além da vermelha e da branca, havia também preta, verde e amarela.

De volta ao barco, tivemos a visão da ilha em formato de jacaré e depois o barco passa “perto” da capela. Ele não para lá, ao menos o nosso não parou – mas tinha um outro ancorado lá.

Por volta das 13h45 chegamos de volta ao Bora Bora, já com a maré bem alta.

Procuramos algo para comer dos ambulantes e achamos a Suely, que vende pastéis recheados e fritos na hora. Em outubro de 2017, custavam R$ 6,00. Somos meio chatos, fomos olhar ela preparar os de outros clientes e gostamos do que vimos: ingredientes bonitos e gordura superclarinha. Estavam muito gostosos, também!

Até tentamos entrar na água novamente, mas o mar estava puxando bastante. Então demos uma volta no Bora Bora até dar o horário de ir embora, que seria 15h30.

Maré alta. Compare com a foto abaixo, que foi tirada pela manhã logo que chegamos

Maré baixa, pela manhã. Ambulantes do lado de fora do Bora Bora

Quem quiser ir até a capela, ficam umas charretes lá, que cobram 10 reais por pessoa. Para ir a pé, são 15 a 20 minutos de caminhada.

No horário marcado, fomos para o local combinado esperar o ônibus para o retorno. Surpresa! O ônibus não estava lá! E olha que a coordenadora da agência estava no passeio, hein? O guia liga pra um, liga para outro e “descobre” que ele havia aproveitado o tempo para fazer outro passeio. É claro que ele sabia disso, pois o outro passeio era levar um casal que estava conosco até Alagoas e óbvio que isso tinha sido combinado previamente, né?

Quarenta minutos depois do horário marcado, ele chegou e pegamos estrada, com o guia mala fazendo discurso de agradecimento com direito a palmas pro Senhor Jesus e piadinhas sobre putas.

Não entendi o itinerário da volta também, pois entramos pelo centro, fomos lá em Maracaípe, depois voltamos para o centro de novo e só aí nos deixaram.

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Gê, você gostou do passeio? Recomenda a empresa?

Gostei, sim! Carneiros é uma praia maravilhosa e achei que valeu muito a pena conhecê-la. Eu só achei que chegamos lá muito tarde, pois como a gente “perde” duas horas no passeio de catamarã e a maré sobe muito rápido, aproveita-se pouco da praia em si.

Sobre o passeio de catamarã, ele dividiu opiniões do grupo. Minha prima e eu achamos legal, mas não imperdível. A primeira parada, um banco de areia, achei dispensável. A segunda, a do banho de argila, pega-turista, pois o objetivo mesmo é vender argila. O mais bacana que achei foi poder ter a vista da capela a partir do mar. Mas eu preferiria ter pagado menos pelo passeio e ter ficado mais tempo nas piscinas naturais, tirando o catamarã.

Já minha mãe e a Aninha, minha irmã, gostaram muito do passeio de barco e acharam que valeu a pena.

Sobre a empresa, achei que ainda falta muita organização, muita mesmo. Mas comparando com os preços de outras empresas, está razoável: pagamos R$ 50,00 por pessoa, incluindo o catamarã. A parte boa é ter direito a usar a estrutura do Bora-Bora, como banheiros e duchas.

Restaurante Bora-Bora – Praia dos Carneiros

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