Mineiros na Estrada

Semana de problemas em um resort – Parte I – A saga do ar condicionado


O Guto sempre quis ir a um resort, ficar de pernas pro ar e comendo o dia inteiro. Em janeiro deste ano fomos para um, em Porto Seguro. Conseguimos um preço razoável em um resort recém-inaugurado na praia de Curuípe e lá fomos nós. Só que a tão sonhada  semana de sossego não saiu como imaginado.  Foram tantos probleminhas que nós vamos dividir o relato em três posts, para não ficar grande demais e você ter preguiça de ler.

O resort, na verdade, era um hotel que foi fechado, reestruturado e reinaugurado no fim de 2013, com a proposta de ser um resort all inclusive. Imaginei que o preço estava bom (cerca de 70% do valor de outros resorts na região de Porto Seguro) por ser um estabelecimento novo, necessitando captar novos clientes.   O Guto, entretanto, encarnou o pessimista e foi esperando algo bem melquetrefe.

Ao pegar o táxi no aeroporto, o motorista não sabia onde era o tal resort. Perguntou para os colegas e nada. Ninguém conhecia! Eu estava com o endereço anotado e ele disse que naquele endereço não havia nada. Até que um outro motorista disse que era o hotel que havia sido aberto há pouco. Ufa! Chuvinha fina e uns 15 minutos de trânsito e chegamos. “Não sabia que estava funcionando”, disse o motorista.

A recepção do hotel era linda. Mobília bonita e confortável e funcionários muito amáveis. Mas aí começaram as surpresas. Chegamos ao hotel às 23h30.  Ao fazermos o check-in, fomos informados que a nossa reserva estava marcada apenas para o dia seguinte. Mostramos o e-mail com a confirmação da reserva, mas eles não conseguiam localizar. Ouvimos os funcionários comentando que o nosso quarto ainda estava ocupado e que só seria liberado ao meio-dia do dia seguinte, então fomos levados para um outro quarto.

Enquanto isso, minha mãe e meus irmãos foram lanchar no bar da piscina. Era meia noite, mas, como no site constava que funcionava até 01h, estavam certos de que conseguiriam lanchar. Engano! Não havia mais nada além de picolés e bebidas.

Quando chegamos ao quarto, que percebemos que foi rapidamente improvisado e havia um técnico tentando ligar o ar condicionado. Mexeu, mexeu, mexeu, mexeu muito mesmo e, enfim, conseguiu. Mas, aí, não tinha controle remoto e não dava para regular direto do aparelho. Pediram que esperássemos, pois iriam arrumar um controle. Após uma hora (depois de ir à recepção à procura de notícias) chegaram um técnico e um funcionário da recepção dizendo que não haviam conseguido um controle para deixar conosco, mas, apenas um emprestado de outro hóspede e que, por isso, o ar deveria ficar ligado numa temperatura fixa. Ficamos chateados (na verdade eu fiquei irritada, pois Guto é calorento e eu sou friorenta, portanto um dos dois ia sofrer a noite toda), mas, estávamos doidos para dormir. Saíram do nosso quarto à 01h10, com a promessa de que o controle seria entregue na manhã do dia seguinte. Ficamos todo o dia seguinte com o ar na mesma temperatura (quando saíamos do quarto, tínhamos que deixar o ar ligado).

Dois dias depois, ao chegarmos de um passeio (que é assunto de outro post), às 17h, o ar estava desligado e o quarto parecia uma sauna. Imagina ficar em um quarto sem ventilador e sem ar condicionado em uma calor de mais de 30ºC, em Porto Seguro e em janeiro. O Guto foi à recepção, depois eu fui, depois o Guto foi novamente (o telefone do quarto não funcionava!!) e a resposta era sempre a mesma: “já solicitamos o controle, mas os técnicos estão fazendo outros serviços”. Às 22h20 (isso mesmo, 5 horas e meia após a primeira solicitação), Guto foi pela quarta vez naquele dia cobrar o controle e só depois de “brigar” mandaram um técnico ao nosso apartamento mais duas vezes e entregaram o controle!!! Ufa!

Uma outra situação que cabe relatar foi que, ao chegarmos recebemos um informativo com as regras do resort e um e-mail para “Fale conosco”, diretamente para o gerente. Enquanto curtíamos uma sauna dentro do quarto, escrevemos uma carta contando todo o ocorrido (não localização da reserva e o problema do ar condicionado) e enviamos para o tal e-mail. Detalhe: tivemos que ir à recepção para enviar, pois o wi-fi não pegava no quarto. Até hoje, a resposta não chegou.

Pensa que acabou? Não acabou, não. Leia também:

Semana de problemas em um resort – Parte II – O quarto com cheiro de esgoto e o sistema (almost) all inclusive

Semana de problemas em um resort – Parte III – Os outros serviços e a intoxicação alimentar



Booking.com