Mineiros na Estrada

Um dia em Trancoso


Já contamos aqui, aqui e aqui como foi a nossa estada no resort em Porto Seguro.

Lá havia um funcionário de uma agência de turismo que ficava oferecendo os serviços da empresa. No segundo dia, ele começou a abordar os hóspedes com a maravilhosa proposta: o resort estava presenteando os hóspedes com um passeio a Trancoso no dia seguinte. Mas era preciso se inscrever rápido, pois somente dois ônibus seriam disponibilizados.

A maioria achou que era uma grande gentileza do hotel! Nós, porém, pensamos que era uma grande economia. Dois ônibus são, aproximadamente, 90 pessoas, as quais não almoçariam nem comeriam petiscos durante todo o dia, o que pagava os ônibus e ainda sobrava.

Mas, como estava mesmo nos nossos planos ir a Trancoso um dia, topamos.

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O combinado era sair às 8h30, mas, só saímos às 9h30. Lá se foi meu querido sol da manhã! Fomos informados que o roteiro seria o seguinte: ida ao Quadrado de Trancoso, depois à praia e retorno por volta das 16h, com parada em uma cachaçaria. Após uma hora e meia de piadas sem graça, comentários idem e “levanta a mão quem é do estado x”, me fazendo lembrar que detesto excursão, chegamos em Trancoso, às 11h.

O motorista estacionou e o guia explicou que teríamos de subir a pé até o Quadrado, pois o ônibus não passava daquele ponto. Desce todo mundo do ônibus. Nisso, chegou um rapaz de moto e cochichou algo com o guia. Vem o guia: “Gente, esse aqui é Fulano de Tal, gerente da barraca Terra Nova, que nos dá apoio aqui em Trancoso, e ele veio nos explicar que a praia já está cheia e, como vocês têm prioridade no atendimento lá na barraca, ele sugere que a gente vá agora para a praia para que vocês possam ficar com os melhores lugares.” Sacamos a lorota, mas o povo estava doido era para ir para a praia mesmo, então, lá se foi todo mundo para subir no ônibus de novo.

Chegamos na praia e a nossa desconfiança se confirmou: a praia estava vazia. O gerente devia era estar com medo, pois se fôssemos primeiro ao Quadrado, como já era hora do almoço, provavelmente a maioria comeria algo por lá, o que diminuiria o consumo na barraca dele.

Chegamos na praia umas 11h30 e demos uma voltinha para vermos as outras barracas, mas como era meio que um cartel, ficamos na Terra Nova mesmo.

A comida é muito cara. Na loucura de comer um camarão, pois no meu resort não tinha, pedimos uma porção por R$ 75,00 (em janeiro de 2014)!! Caríssimo, mas precisava matar meu desejo. Quando a porção chegou, o desejo se foi antes de comer: eram apenas 16 camarões. “Tá certo isso, garçom?”.  “Está, são 16 mesmo.” Ok, quase R$ 5,00 por camarão!

Isso sem contar que ao fazermos o pedido, disseram que o almoço sairia em 30 minutos. Quarenta minutos depois, perguntamos e disseram que dali uns 25 minutinhos estaria pronto. No fim das contas, demorou uma 1h40. Por que não falam no início qual o tempo de preparo/espera? E o garçom, que no começo já não era um exemplo de simpatia, começou a mostrar sua falta de educação a partir do momento dos camarões. Até reclamar porque estávamos com dois cardápios ele reclamou. Éramos seis pessoas, cara chato!  Outro motivo pelo qual não gosto de excursões. Se estivéssemos por conta, era só ir embora, mas precisaríamos passar o dia inteiro ali.

Sobre a praia: bonita, mas algumas considerações devem ser feitas. Há várias pessoas oferecendo aluguel de cavalos para dar uma voltinha na praia, mas os excrementos não são recolhidos, então a praia fica cheia de sujeira. É cocô de cavalo pra tudo quanto é lado.

Mais tarde, fomos para o ônibus para ir ao Quadrado. Paramos naquele lugar das 11h e seguimos a pé. O guia nos deu 40 minutos para ficarmos ali. Demos uma volta, olhamos as casinhas, fomos a um ponto alto para ver a praia e já deu a hora de ir embora. Não dava nem tempo de sentar nas lanchonetes fofas. Aff. Já falei que não gosto de excursões?

No fim, a cachaçaria foi cortada sem explicações.

E ainda chegamos ao quarto e encontramos o ar condicionado desligado.