Belo Horizonte: visita à fábrica da Cervejaria Backer

“Já que Minas não tem mar, eu vou pro bar.” Certamente você, mineiro, já ouviu essa frase pelo menos uma vez na sua vida. Mesmo se você não é de Minas, já deve ter ouvido que Belo Horizonte é a capital mundial dos bares.

Mas, além de ter boteco para tudo que é lado, Beagá (e região metropolitana) também tem cervejarias artesanais. Uma delas é a Backer, a mais antiga do estado, no bairro Olhos d’água, “aos pés da Serra do Curral”. A cervejaria possui muitos rótulos e já ganhou vários e vários prêmios, inclusive o de segunda melhor cervejaria da América Latina.

A fábrica, chamada de Maternidade Cervejeira, é aberta à visitação aos sábados pela manhã. Eu não bebo praticamente nada, mas, mesmo assim, fiz a visita.

Mas, se você não bebe, que raios foi fazer numa fábrica de cerveja?

Vários motivos. Primeiro: a visita fez parte da programação do Blogtecando, encontro de blogueiros de viagem aqui em BH (#EncontroBH2016).

Segundo: eu sou extremamente curiosa e gosto de saber como as coisas são feitas (um dos quadros que mais gostava em programas infantis eram este e este. É, acho que fui uma criança esquisita).

Terceiro: queria dar a minha visão para os abstêmios.

A Maternidade Cervejeira

Tudo começa na sala de aula, com uma beer sommelier, a Priscilla Colares, que é apaixonada por cervejas. Após um rápido vídeo institucional contando a história da cervejaria, ela falou, de uma maneira leve e divertida, sobre o processo de produção da cerveja, explicando cada etapa e mostrando os ingredientes.

Fomos apresentados a alguns tipos de malte, com várias cores e sabores. A gente pôde até provar os grãos.

Vimos também o lúpulo, mais fedorentinho, que dá o sabor mais amargo da cerveja. Esse aí não dá para comer, não.

Depois, vieram as simpáticas leveduras, os fungos responsáveis pela fermentação e produção do álcool.

A Priscilla explicou também como fazer cerveja em casa! Ela garante que faz e dá certo e que ainda tira onda levando a própria cerveja para os churrascos com os amigos!

Após isso, fomos para a fábrica propriamente dita e aí é preciso colocar equipamentos de proteção: óculos e touca. Uma orientação importante é que só faz a visita quem está de calçado fechado. Como nossa visita foi excepcionalmente à noite, em uma turma criada especialmente para o Blogtecando, nós não precisamos colocar óculos, pois o envase não funciona nesse horário, então não havia risco de acidente com vidro (mas, sábado de manhã, quando acontecem as visitas, sim). Usamos só a touquinha – ninguém vai querer cerveja com cabelo, né?

Vimos os grandes tanques onde a cerveja é preparada e também onde fica para fermentação.

Depois disso, fomos para o setor de envase, onde as garrafas são higienizadas para, então, recebem a cerveja, passando, após, para a rotulação.

E aí, enfim, a degustação das cervejas. A mesa já estava linda e colorida. Cada um recebe uma régua com cinco cervejas e vamos provando todas, da mais fraca mais à mais forte, enquanto a Priscilla vai explicando cada uma. Para saber mais sobre cada cerveja é só clicar nos links abaixo.

As cervejas que provamos foram:

Exterminator: É uma cerveja não filtrada, com muito trigo e capim limão. Tem um cheirinho bem gostoso e o sabor não é muito forte, não.

Capitão Senra: Tem esse nome em homenagem a um batedor dos tempos do Juscelino Kubitscheck. Tem amargor moderado.

Medieval: Dizem que era a cerveja fabricada pelos monges nos tempos medievais. Achei a mais gostosa, porque é aromática e não desce “queimando”. Talvez seja a que mais agrada quem não tem costume de beber, junto com a de capim limão.

IPA Pele Vermelha: tem laranja da terra em sua composição. Tem um final bem amargo.

Bravo: Essa foi brava, mesmo. Muito, muito forte. Maturada em barris de umburana, tem aroma de chocolate amargo e café. A galera que curte cerveja adorou!

Não consegui terminar nem um copinho, mas o que não faltou foi candidato para fazer isso.

Depois ainda ganhamos um copo cheio de chopp de trigo, recém tirado do tanque. Disse a Priscilla que é como tomar leite recém tirado da vaca.

O Templo Cervejeiro

Depois da visita, fomos para o restaurante, o Templo Cervejeiro. Lugar aconchegante, com linda decoração e pratos muito bem apresentados. Como eu sabia que ia enfiar o pé na jaca nos dias seguintes (foram três dias de Blogtecando), me comportei e fiquei só na salada caesar, deliciosa e gigante – estava faminta e não consegui comer tudo!

Os preços não são dos mais baixos (minha salada ficou em R$ 42,00 com taxa de serviço – sem bebidas), mas os pratos são muito bem servidos e o restaurante é demais – e é da Backer! O tal valor agregado, né? E ali você pode provar todos os rótulos da marca.

Além da fábrica e do restaurante há também uma lojinha que, além das cervejas, vende canecas, chaveiros e outras coisas relacionadas ao mundo cervejeiro.

Informações

• As visitas guiadas são feitas somente aos sábados pela manhã: 10h, 11h e 12h. Devem ser agendadas pelo telefone: (31) 3228-8888. O valor é R$ 40,00.
• É proibida a entrada de menores de 18 anos na Maternidade Cervejeira.
• Recomenda-se fazer reserva no restaurante, que sempre lota. (31) 3288-8068
• Horário de funcionamento do restaurante: clique aqui
• Endereço: Rua Santa Rita, 220, Olhos D’água, Belo Horizonte
• Site oficial: www.cervejariabacker.com.br

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O #EncontroBH2016 aconteceu entre os dias 17 e 19 de junho de 2016. Foi organizado por Renata Campos do blog RêVivendo Viagens com participação de Camila Navarro (Viaggiando) e Helder Ribeiro e Lillian Brandão (Nerds Viajantes). Contou também com a parceria dos estabelecimentos Cervejaria Backer, A Pão de Queijaria, Bar do Antônio Pé de Cana, Almanaque Choperia, Muu Espetos, 222 Bar, Restaurante Maria das Tranças e Alessa Gelato. Além do apoio da Belotur e patrocínio da RentCars.

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