Mineiros na Estrada

Conheça o Saco do Mamanguá, um paraíso em Paraty



Natureza exuberante e preservada: assim poderíamos definir o Saco do Mamanguá, um verdadeiro paraíso em Paraty. Embora se localize bem próximo de pontos mais badalados, como o centro histórico e Trindade, o Saco do Mamanguá ainda é pouco visitado por turistas, o que é ótimo para quem busca um lugar com muita tranquilidade.

O que é o Saco do Mamanguá

Saco é um acidente geográfico descrito com uma enseada protegida por baías. O do Mamanguá possui 8 quilômetros de extensão, dois de largura e fica em uma área de preservação ambiental. É conhecido como o único fiorde brasileiro e esse título, inclusive, é usado para vender passeios. Porém, não há consenso se o Saco do Mamanguá realmente é um fiorde, pois, por definição, essa formação geográfica é caracterizada por ser uma entrada de mar entre altas montanhas rochosas, com origem na erosão devido ao gelo (fiordes são bem comuns na Noruega e Groenlândia). Por essa razão, há quem diga que o Saco do Mamanguá é, na verdade, uma ria, um braço de mar que adentra na costa.

Pouco importa a definição, porém. O que realmente conta é a beleza impressionante do lugar. São duas ilhas, 33 pequenas praias, riachos, manguezal e até um Pão de Açúcar para chamar de seu.

Pão de Açúcar do Saco do Mamanguá

Leia também:


Como chegar ao Saco do Mamanguá

Apesar de ser possível se hospedar nas poucas rústicas pousadas, o mais comum é fazer passeios de um dia para o Saco do Mamanguá. 

Uma opção é se dirigir até Parati-Mirim e de lá combinar com um dos barqueiros, que cobram entre 450 e 600 reais por barco. Essa foi a opção escolhida pelo Murilo, do blog Volto Logo.

A segunda possibilidade é partindo diretamente de Paraty e foi o que nós fizemos, comprando um tour de lancha com a Paraty Tours. Abaixo, relataremos como foi nosso passeio.

Lancha que nos levou de Paraty ao Saco do Mamanguá

Passeio de lancha para o Saco do Mamanguá partindo de Paraty

A agência Paraty Tours, que foi a que contratamos, oferece passeios de lancha para o Saco do Mamanguá em dois horários, às 9h e às 13h30, ambos com quatro horas de duração. Nós preferimos o da manhã, pois como era inverno, por volta das 16 horas o sol já estava bem baixo e as praias já estavam sombreadas. A lancha que faz o passeio tem capacidade para 12 pessoas, mas no dia do nosso tour fomos apenas cinco. É permitido levar lanches e bebidas e, inclusive, vai uma caixa térmica a bordo. 

Nós compramos os bilhetes um dia antes diretamente na agência, mas durante período de alta temporada é recomendado comprar com antecedência, já que as vagas são poucas e o risco de ficar sem seu passeio é grande.

A lancha sai do Cais Turístico, o mesmo de onde partem as escunas. O nosso passeio teve início, pontualmente, às 9 horas e em cerca de 40 minutos chegamos ao começo do Saco do Mamanguá, Ali houve uma parada rapidinha e o comandante se apresentou e explicou um pouco sobre a formação geográfica.

Depois disso, tivemos três paradas.

A primeira delas foi na Praia do Engenho, onde ficamos por 40 minutos. A praia é supercalma, com águas de tons esverdeados e muito transparente. Havia muitos peixinhos e uns maiores que víamos pular sobre a linha d’água. 

Está gostando do blog? Então, curta nossa página no Facebook!

A segunda parada foi na Praia da Costa, onde ficamos por 30 minutos. O guia disse que ali foi gravada uma cena do filme Crepúsculo – Amanhecer Parte I. O cenário usado foi uma casa que é pura treta. A Justiça já mandou demolir a casa onde cenas da lua-de-mel de Bella e Edward foram gravadas, pois ela é irregular e está em área de proteção ambiental. A casa ainda está lá, mas muitas árvores foram plantadas ao seu redor e tudo o que conseguimos ver foi parte de seu telhado.

Quanto à praia é lindíssima e ficou ainda melhor porque a tivemos só para nosso grupo. Mais um paraíso de águas transparentes e esverdeadas, com muitos peixinhos.

A terceira e última parada foi no Ilhote do Mamanguá, onde ficamos por uma hora e meia. Nesse local há um restaurante e petiscaria bem simples, mas bastante arrumadinho. Comemos apenas pastel de carne, que custava 15 reais cada um. Os pastéis são montados na hora e estavam muito saborosos, com massa sequinha e crocante, recheio farto e gostoso. O restaurante dispõe de banheiros, uma vendinha de artesanato e também empresta espaguetes de flutuação.

Ilhote do Mamanguá

Como achamos que uma hora e meia era muito tempo e sabíamos que lá seria a última parada, perguntamos ao guia se ele não poderia ir conosco até o final do Saco, mesmo que fosse só para ver. Ele disse que não seria possível, pois é proibido ir até mais adiante com barcos a motor, por ser uma área de preservação e berçário marinho.

Aproveitamos essa parada para fazermos uma pequena trilha de uns dez minutinhos até o alto de um morrinho, de onde temos uma vista bonita do Pão de Açúcar.

Essa escada faz parte da pequena trilha
Pão de Açúcar, visto do alto do morrinho no Ilhote do Mamanguá

E por falar em Pão de Açúcar, é de cima dele que se tem uma visão ampla e panorâmica do Saco do Mamanguá. Porém, para chegar lá no alto, a parada deve ser feita em um outro lugar e isso só é possível se for negociada com o barqueiro antes. No nosso caso, não tinha jeito porque era um passeio com roteiro já pré-estabelecido pela agência. Se você vai contratar um barqueiro independente e desejar fazer a trilha, saiba que é preciso ir com sapatos fechados e muita disposição, pois a subida é bastante íngreme. Mais uma vez, confira o relato do Murilo no blog Volto Logo.

Vale a pena o passeio?

Nós amamos! O trajeto de lancha foi divertido e os lugares onde paramos realmente foram lindíssimos. Se tivermos uma outra oportunidade, gostaríamos de voltar com um barquinho a remo, partindo de Parati-Mirim, para chegarmos mais perto do final do Saco do Mamanguá.

O que levar

Gostou? Salve no Pinterest e consulte sempre que quiser: