Mineiros na Estrada

Visitando a mesquita de Foz do Iguaçu


Lógico, óbvio, claro e evidente que todo mundo que vai a Foz do Iguaçu vai com o intuito de ver as cataratas. Mas, há outras atrações menos badaladas, mas muito legais. Uma delas é a Mesquita Omar Ibn Al-Khatab.

Foz do Iguaçu tem a segunda maior comunidade islâmica do Brasil em números absolutos e a primeira em proporção à população total. Ver muçulmanos pelas ruas é muito comum, especialmente as mulheres, que acabam se destacando pela vestimenta diferente: todas estão sempre com véus lindos e coloridos cobrindo os cabelos.

A mesquita começou a ser construída em 1981 e foi inaugurada dois anos depois. Inspirada na Mesquita Al-Aqsa, em Jerusalém, fica em um amplo terreno em tem 600 m² de área construída, sendo que só o seu salão tem 400 m².  É um templo muito bonito, tanto por fora quanto por dentro.

Tivemos um pouco de dificuldade em chegar, portanto sugiro que você leia este post aqui, onde damos todas as orientações para quem vai de ônibus.

Ao chegarmos, uma pessoa nos recepciona no portão da rua e anota quantas pessoas somos e de onde viemos, acho que para fins estatísticos, mesmo.

Para entrar na mesquita, as mulheres devem colocar um véu que eles emprestam. Fica um monte deles em uma cadeira na porta da mesquita. Deixe o nojinho de lado e escolha um que não estiver sujo de maquiagem. Se quiser levar um pano de casa para se cobrir, pode, vale até uma canga. Mas, lembre-se que mulheres não podem entrar se estiverem de bermuda. Nem as mais compridinhas, daquelas no joelho. Uma senhora lá trocou a bermuda pela calça jeans do marido. Ficou uma belezura só, mas aí ela pôde entrar. Uma vez colocado o véu, é hora de registrar o momento.

Agora, sim, vamos entrar. Como eu disse, a mesquita é bem bonita por dentro, mas bem simples. A decoração é feita com uns arabescos e uns desenhos geométricos. Não há móveis, apenas tapetes onde os muçulmanos se assentam para as orações. Não se pode entrar na área dos tapetes, só ficamos atrás deles, separados por uma faixa de segurança.  De frente para a porta, há um marco que mostra a orientação de Meca, para onde todos devem estar voltados para orar. Não  há imagens, nem nada que represente Alá, e a explicação é simples: como ninguém nunca viu Deus, não tem como representá-lo. Ponto final.

Fica um muçulmano à disposição para responder qualquer dúvida e são distribuídos livros e panfletos gratuitamente, alguns em outros idiomas. Uma televisão mostra ao vivo o que está acontecendo em Meca.

A visita é isso: simples e rapidinha, mas muito interessante. Dá para aprender bastante e sanar algumas curiosidades que se tenha sobre o islamismo.

Se liga nas orientações

Depois da mesquita…

Depois de conhecer a mesquita, dê uma passadinha na Almanara, uma loja de doces árabes artesanais que fica logo em frente.

São uma espécie de folhado com recheio de amendoim, nozes, castanhas, cada um mais gostoso que outro. É no quilo, e cada um tem um valor, mas você pode pedir um de cada que eles fazem a média do valor do quilograma. Eu pedi oito docinhos e ficou em mais ou menos R$12,00 (janeiro de 2015).

Mesquita

Rua Meca, 599 – Pq Monjolo – No Google Maps, rua Palestina – veja aqui como ir de ônibus
Tel.: 55 (45) 3573 1126 | 3025 1123
http://www.islam.com.br
E-mail: contato@islam.com.br
Horário de funcionamento: de segunda a sexta – de 9h às 11h30 e de 14h às 17h30; Sábado – de 9h às 11h30