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Como organizar a sua viagem para Cambará do Sul, a terra dos cânions


Atualizado em 18/08/16
Um destino ainda pouco explorado e até mesmo desconhecido pelos brasileiros. Cambará do Sul fica a 193 km de Porto Alegre e a 124 km de Gramado. Algumas pessoas que visitam Gramado fazem um bate-volta até Cambará, mas o lugar merece pelo menos dois dias inteiros. Pelo menos! É que a cidade está rodeada de cânions estonteantes, de beleza inigualável! Os mais famosos, que foram os que nós visitamos, são o Fortaleza e o Itaimbezinho, cada um em um Parque Nacional diferente.

Neste post, vamos te dar informações gerais sobre os principais passeios e dicas para planejar a sua viagem.

A cidade

Cambará do Sul pertencia a São Francisco de Paula até 1963, ano em que foi emancipada. Está a 1030 metros de altitude e tem pouco mais de 6500 habitantes. Seu nome vem do tupi e quer dizer “folha de casca rugosa”, árvore típica da região que pode ser vista na praça da igreja matriz. Está entre os municípios mais frios no Brasil. Nós chegamos a pegar 0ºC em julho e vimos geada.

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A parte urbana da cidade é bem pequena e pode ser percorrida toda a pé. É ali onde estão grande parte parte das pousadas, mercados, restaurantes e agências de turismo.

Uma rua de Cambará

Uma rua de Cambará

Como chegar de carro

De Porto Alegre: O Google dá três rotas. Nós nos informamos no quiosque da Secretaria do Turismo do Estado do Rio Grande do Sul, localizado no aeroporto de Porto Alegre, e nos orientaram a seguir pela RS 020, passando por Gravataí, Taquara e São Francisco de Paula. Segundo nos disseram, é o percurso mais rápido e com melhores condições de estrada. Ficamos imaginando como deve ser o pior. A estrada estava muitíssimo esburacada e há muitas curvas fechadas no trajeto. Clique sobre o mapa para ver mais detalhes e outras rotas.

De Gramado: há duas opções, passando por Canela ou por Três Coroas. Clique sobre o mapa para ver detalhes.

Como chegar de ônibus

Apenas estas cidades têm linha para Cambará: Caxias do Sul (RS), Porto Alegre (RS), São Francisco de Paula (RS), São José do Ausentes (RS), Torres (RS) e Araranguá (SC).
De Porto Alegre, é a empresa Citral que faz o trajeto, com saídas de segunda a sábado, às 6 da manhã. A viagem dura cerca de seis horas e o valor é R$39,65. Maiores informações no site da rodoviária de Porto Alegre: www.rodoviaria-poa.com.br (Valor de agosto de 2016)

Qual a melhor época

Dizem que a época de maior visibilidade dos cânions é o inverno, pois no verão há mais nevoeiros. Mas alguns moradores da cidade nos disseram que é pura sorte, já que há dias de verão com tempo limpo e dias de inverno com tempo super fechado. Nós chegamos sob forte chuva, um tempo horroroso de feio. No dia seguinte, amanheceu super nublado e com muita neblina, mas mesmo assim fomos para o primeiro passeio, já que só tínhamos dois dias. Quando chegamos ao cânion, as nuvens se foram e nós tivemos uma vista incrível.

Onde se hospedar

A maioria das pousadas está no centrinho de Cambará, perto de todo comércio, mas há algumas mais afastadas, nas estradas que levam aos parques nacionais. Verifique se elas oferecem pensão completa ou se há cozinha disponível para você preparar suas refeições (e se você está disposto a isso), pois, do contrário, você terá que se locomover sempre que for comer. Nós ficamos na Pousada Vila Ecológica.

Pesquise aqui hotéis em Cambará do Sul

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O que levar

– Tênis! De preferência, próprios para trilhas, com um bom solado antiderrapante. Nos cânions, jamais botas, rasteirinhas ou chinelos. Na cidade, todo mundo anda bem informal e até nos restaurantes à noite a galera vai no estilo esportista.
– Protetor solar sempre, mesmo em dias nublados.
– Roupas confortáveis, que te permitam liberdade de movimento. Há barrancos para subir.
– No inverno, luvas, toucas e cachecol.
– No calor, um repelente também é bem-vindo.
– Para os cânions, água e lanchinho – não há lanchonetes nas trilhas.

Quantos dias ficar

As principais atrações são os Cânions Fortaleza e Itaimbezinho. Há agências que oferecem os dois passeios em um dia só, mas, particularmente, acho muito corrido e inviável. Só no Itaimbezinho, são mais de 7 quilômetros de caminhada. Mas se você estiver acostumado a fazer trilhas e só tiver um dia mesmo, vai fundo. Caso contrário, fique pelo menos dois dias. Se quiser conhecer outros cânions, coloque mais um dia para cada um.

Leia também: Cânion do Itaimbezinho: tudo para você organizar o seu passeio

Cânion Fortaleza: tudo para você organizar o seu passieo

Os cânions

Itaimbezinho – É o mais famoso da região, com paredões de 720 metros de altura. Fica no Parque Nacional Aparados da Serra, a 18 km do centro da cidade, e é o único com uma certa estrutura, como, por exemplo, é… am… bem… UM banheiro. E só! Leve lanches e água. Toda a trilha é demarcada e há uma cerca de proteção em torno do paredão. Para entrar, o valor é R$8,00 (agosto de 2016). Pode ser visitado sem guia. Foi o primeiro que visitamos e relatamos tudo aqui.

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Fortaleza – Fica no Parque Nacional da Serra Geral, a 23 km do centro de Cambará do Sul. A entrada é gratuita e aqui não há a menor estrutura – nem um banheirinho químico. Mas a vista é ainda mais bonita do que lá no Itaimbezinho. Pode ser visitado sem guia. Relatamos tudo sobre o passeio a este cânion aqui.

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Churriado – Também está no Parque Nacional da Serra Geral, mas só pode ser visitado com guia. O início da trilha está a 23 km do centro, próximo ao Cânion Fortaleza, e são 16 km de caminhada, ida e volta. É bem selvagem e conta com paredões praticamente verticais.

Foto de Halan Sander (Panoramio)

Foto de Halan Sander (Panoramio)

Malacara – É pouco explorado, por ser muito selvagem. Somente pode ser visitado com guia. Depois de chegar ao Cânion Churriado, caminha-se mais 3 km, ou seja, são 22 km a pé, ida e volta, se considerar toda a trilha.

Foto de Marcelo Flores (Panoramio)

Foto de Marcelo Flores (Panoramio)

Da Pedra – Localizado no Parque Nacional da Serra Geral, só pode ser visitado com guia experiente, pois a área é isolada e a neblina é muito frequente, causando risco de acidentes. O início da trilha está a 30 km do centro do Cambará e são 17 km (ida e volta) de caminhada.

Foto de Lucas Hainzenreder Longhi (Panoramio)

Foto de Lucas Hainzenreder Longhi (Panoramio)

Josafaz – Este cânion está fora dos parques nacionais. Também só pode ser visitado com guia, pois o lugar é inóspito. São 20 km de caminhada, ida e volta.

Monte Negro – Fica um pouquinho mais longe, a 60 km de Cambará, no Município de São José dos Ausentes. O carro chega pertinho da borda do cânion e caminha-se menos de 2 km, ida e volta, para ver o cânion e o pico de mesmo nome, ponto mais alto do Rio Grande do Sul, com cerca de 1400 metros de altitude. É aqui que a carruagem da Alinne Moraes sempre estraga e aonde ela vai sempre chorar as mágoas e pensar na vida em Além do Tempo.

Alinne Moraes espairecendo - Imagem da novela Além do Tempo

Alinne Moraes espairecendo – Imagem da novela Além do Tempo

Foto: Secretaria de Turismo do Estado do Rio Grande do Sul

Foto: Secretaria de Turismo do Estado do Rio Grande do Sul

O que mais tem para fazer

As agências oferecem também passeios a cavalo, de 4×4, de bote, de bicicleta e rapel, para contemplar os cânions e visitar várias cachoeiras. Para algumas cachoeiras não é necessário o acompanhamento de guia. Você pode se informar no site oficial ou na Casa do Turista, no centro da cidade.

Há também o Passeio do Mel, já que a cidade também é conhecida como “capital do mel”. Nesse passeio, visita-se um apiário, na mata, e a Casa do Mel, na cidade, para se conhecer as etapas de processamento do produto.

No centro da cidade, temos a igreja Matriz São José. Você vai acabar passando por ela em algum momento. A gente passou várias vezes, mas não a encontramos aberta. É de 1945 e tem uma torre de 32 metros de altura.

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Ao lado da igreja, está o Centro Cultural Dr. Santo Borneo. É uma casa amarela linda, construída em 1935 e que hoje abriga a Biblioteca Municipal, a Secretaria de Turismo e o Museu Irmã Tarcila Afonso. Vale dar uma passada por lá. O museu é pequeno, mas traz vários objetos que pertenceram a antigos moradores, tanto do meio urbano, como do meio rural, desde antes de Cambará do Sul se tornar um município. A entrada é gratuita.

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Outras informações

Bancos: na cidade apenas Banrisul e Sicredi. Não há caixas 24 horas.
Voltagem: 220v
Site oficial: www.cambaradosul.rs.gov.br
Relação de agências de turismo: veja aqui.
Informações turísticas:
Casa do Turista: fica na avenida principal da cidade, a Getúlio Vargas, no número 1720.
Telefone: (54) 3251-1320; Email: pmc.casadoturista@terra.com.br
Funciona diariamente, das 8h às 18h

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Veja aqui todos os posts sobre Cambará do Sul!


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32 comentários em “Como organizar a sua viagem para Cambará do Sul, a terra dos cânions

  1. Boa tarde! Vou passar 03 dias em Cambará do sul no início de agosto, no hotel Parador. Gostaria de dicas quanto a roupas, será que é muito frio? Se precisar encontro casacos para comprar?

  2. Olá Gê,

    Primeiro gostaria de lhe dar os parabéns pelos posts, são incríveis!
    Estou de passagens compradas para o RS no fim de outubro. Queria muito incluir esse lugar maravilhoso na rota, vamos alugar um carro assim que chegarmos em POA e pretendia fazer essa viagem sozinha, pois sai muito mais barato do que em agências de turismo, no entanto esse post me deixou um pouco receosa, por conta da situação da estrada. Se viajasse sozinha nem importava, pois sou bastante aventureira, mas viajo com meu filho de 5 anos, então tudo tem que ser pensado e planejado. Me dê uma dica por favor! Quanto tempo vc levou na viagem? Vale a pena ir de carro próprio? Vi que os passeios são feito e 4×4, dá pra ser feito em carro comum, enfim … estou cheia de dúvidas, me ajude no que puder.

    Grata

    • Oi, Simone.
      A viagem toda durou 12 dias. Veja aqui.
      Tem um post sobre cada um dos cânions, não sei se você já teve a oportunidade de ler.
      Eu queria muito te ido de carro próprio, sem agência, para ficar mais por conta. Ainda mais no seu caso, com criança pequena, penso que seria ideal, pois com agência o tempo é contadinho.
      Eu te sugiro ficar de olho na previsão do tempo e trocar uma ideia com o pessoal da sua pousada (com precaução, porque nunca se sabe se eles têm comissão para indicar agências). sobre a situação das estradas. Se o tempo tiver firme, normalmente dá para chegar de carro, sim. No dia que fomos ao Fortaleza, vi até Uno e Celta por lá.

  3. Que post incrível!!!

    Confesso que nunca tinha pensado em ir pra Cambará do Sul. Mas depois de ler esse post com todas essas informações mega detalhadas já comecei a pensar na possibilidade. Hehehe

    Abraço

  4. Adoro descobrir lugares que eu nunca tinha pensado em visitar. Curti as dicas e as imagens (cada uma mais linda que a outra), não só dos cânios, mas da cidade tbm que pareceu supercharmosa! Mais um motivo pra voltar ao Sul!!!

  5. Planejei muuuuuito essa viagem pra 2014 e acabou dando errado… E lembro da dificuldade de chegar nos Parques sem ter carro próprio – problema comum no Brasil, sempre precisamos de carro ou tour 🙁

    Mas gostei de saber que tem mais opções de caminhada! Preciso me planejar pra tirar essa viagem do papel

  6. Gê, o Rio Grande do Sul tem alguns dos lugares mais lindos do mundo, mas nem nós mesmos conhecemos. Cambará é, sem dúvida, desses cantinhos pouco explorados e que merecem uma atenção pelos apaixonados por viagens e natureza. Sem contar que oferece toda uma vivência diferenciada, que vai desde a culinária. Muito bom seu post atualizadinho e cheio de dicas, facilitando a vida de quem deseja conhecer e aproveitar a região. BjO!!!

  7. Deixamos de conhecer Cambará do Sul por conta de um parabrisas quebrado a meio caminho de lá. Todo o planejamento ficou pra depois. E agora encontro esse seu post completo, com todas as dicas que preciso. Lá vamos nós de novo. Sempre muito útil para o viajante. Muito obg.

  8. Fiquei sem palavras olhando a foto de Itaimbezinho! Que lugar incrível! Vou visitar Gramado logo mas vai ficar muito corrido para visitar Cambará do Sul, agora já sei que vou ter que voltar pro Rio Grande do Sul o mais rápido possível!

  9. Pingback: Templo Budista de Três Coroas, um pedacinho do Tibete no Brasil » Mineiros na estrada

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