Visita ao Palácio da Liberdade – antiga sede do governo mineiro

O Palácio da Liberdade é uma atração que compõe o Circuito Cultural da Praça da Liberdade (veja a relação de todas aqui). O Palácio, inaugurado em 1897, foi sede do governo de Minas Gerais e moradia do governador e é tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Artístico e Cultural (IEPHA).

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Em 2010, a sede administrativa do Estado foi transferida para a Cidade Administrativa e iniciou-se um longo e minucioso trabalho de recuperação e restauração da estrutura, mobiliário e jardins. Em alguns cômodos, por exemplo, as belas pinturas das paredes haviam sido encobertas por até 16 camadas de tinta! A partir de agosto de 2013, o Palácio da Liberdade foi aberto à visitação pública.

Praça da Liberdade vista da sacada do Palácio

A visita é livre nos jardins e guiada no interior do Palácio. Nos jardins, se pode passear pela fonte, sentar-se no quiosque, que parece um coreto, de onde se tem uma linda vista para o lago e para o Palácio. Há, ainda, um orquidário, quatro esculturas e várias árvores, plantadas pelos governadores a cada novo mandato. Apenas algumas recomendações: não é permitido tocar nas plantas e flores, alimentar os animais e consumir alimentos.

As visitas guiadas têm duração de cerca de 50 minutos. Ao entrar no hall do Palácio, você precisa fazer o seu cadastro e tirar uma fotografia. As bolsas e mochilas devem ser colocadas no guarda-volumes. Não é permitido entrar usando salto alto, para não danificar o piso.

Logo ao entrar, já vemos a magnífica escadaria em ferro com motivos florais e mármore Carrara, fabricada na Alemanha. Visitamos 30 cômodos, onde são contadas histórias dos 16 ex-governadores de Minas, bem como são explicadas como se deu a construção e decoração do Palácio, com móveis e objetos de todas as partes do mundo: tapetes da França, lustres da Boêmia (hoje República Tcheca/Tchéquia) e vasos do Japão são apenas alguns dos belos adornos que embelezam o Palácio.

Para mim, um dos espaços mais bonitos é o hall da escadaria, no piso superior, com as pinturas da cúpula e das paredes e o belo lustre. As pinturas evocam Ordem, Progresso, Liberdade e Fraternidade e são de autoria de Frederico Steckel.

Outra linda sala é a do Banquete, com uma enorme mesa de jantar, lustre de cristal e pinturas no teto que remetem ao trabalho, fortuna, esperança e saudação.

Na sala de jantar, onde eram feitas refeições mais intimas, o teto em papier mâché foi restaurado. Fomos também aos salões nobre e dourado, com mobiliário riquíssimo e decoração magnífica, cada item com uma história.

Tivemos acesso, também, ao quarto e banheiro do governador, ao gabinete, à sala de audiências.

No primeiro andar, há algumas salas com exposições interativas. É uma visita muito rica, onde se aprende um pouco da história de Minas e de seus governadores (aprendemos até a origem da expressão “Mas será o Benedito?”), além de poder contemplar a beleza do interior e do exterior do Palácio.