Mineiros na Estrada

Museu Andes 1972, em Montevidéu: tragédia e sobrevivência nos Andes



(Atualizado em janeiro de 2018)

Sexta-feira, treze de outubro de 1972. Um dia após decolar de Montevidéu, um pequeno avião da Força Aérea Uruguaia levanta voo novamente, dessa vez de Mendoza, onde teve que parar por causa do mau tempo. Pouco tempo depois, cai nos Andes congelados, matando, com a queda, 13 dos 45 ocupantes.

Começa, então, uma grande batalha pela sobrevivência. Tendo que suportar um frio intenso, sem comida suficiente, feridos e fragilizados emocionalmente, os sobreviventes têm que trabalhar em equipe para se manterem vivos até que chegue o resgate. Os dias se passam, mais passageiros morrem. Conseguem um meio de produzir água a partir da neve, mesmo a temperaturas negativas. A comida acaba. Uma difícil decisão é tomada: alimentar-se dos corpos para sobreviver. Dez dias após o acidente, escutam pelo rádio que as buscas foram encerradas e que todos foram dados como mortos. Em 29 de outubro, uma avalanche mata oito pessoas. Restam 19 sobreviventes. Três mais não resistem nos dias que se seguem. Quase dois meses depois, em 12 de dezembro, dois homens começam uma caminhada por socorro, que durou dez dias, até encontrarem pessoas e pedirem ajuda. Enquanto isso, no que restou do avião, os quatorze homens que esperam a dupla voltar ouvem no rádio que dois sobreviventes da queda foram encontrados e esperam ansiosamente pelo resgate, que só foi concluído em 23 de dezembro, 72 dias após o acidente.

Parece roteiro de filme, mas isso tudo aconteceu. A história é tão impressionante que rendeu pelo menos 11 livros, sete filmes e um museu exclusivo para contar toda a saga. Tudo o que eu contei no início do post é apenas um resumo do que aconteceu e você pode saber todos os detalhes no museu, que é incrível e tem visita guiada. O preço é meio salgado (200 pesos ou 20 vinte reais), mas a visita é valiosa.

Lá a gente vê restos do avião, fotografias fantásticas, objetos pessoais dos passageiros e cartas e diários emocionantes, escritos pelos ocupantes durante o período que ficaram na Cordilheira.

O museu não é grande em termos de espaço físico, mas, em termos de acervo, é um gigante (eu sei, é clichê), e não é apenas pela história, que por si só já é fantástica, mas, também, por todos os elementos que conseguiram reunir para contá-la.

Respire fundo, vá com calma e não segure a emoção!

Para saber mais

Veja aqui um documentário sobre o acidente e aqui o site de um dos sobreviventes.


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Museu Andes 1972

Endereço: Rincón 619 – Ciudad Vieja
Tel.: +598 2916 94 61
Veja aqui a localização no mapa
Horário de funcionamento: de terça a sexta-feira, de 10h às 17h. Sábado, de 10h às 15h.
Entrada: 200 pesos, em janeiro de 2018. São aceitos pesos, reais, dólares.
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