Mineiros na Estrada

Santo Antônio de Lisboa, em Florianópolis: gastronomia, casario histórico e pôr do sol


Santo Antônio de Lisboa é uma praia bastante frequentada em Florianópolis. Embora a água seja imprópria para banho, o local atrai muitos turistas por três razões. Primeiro, por fazer parte da Rota Gastronômica do Sol Poente e, por isso, ter vários restaurantes à beira mar, oferecendo uma vista muito bonita – dá para ver até o continente. Segundo, pela visão privilegiada do pôr do sol, que pode ser combinada com uma refeição em um desses restaurantes, ou, simplesmente, pode ser da areia da praia. E terceiro porque tem um pequeno, mas charmoso centro histórico tombado, herança da colonização açoriana.

Santo Antônio de Lisboa, além de ser o nome da praia, é também o nome do bairro e do distrito que também é composto por Cacupé e Sambaqui. Em Santo Antônio e Sambaqui estão as colônias de pescadores mais antigas de Florianópolis. Os três bairros possuem várias fazendas de ostreicultura e malacocultura, criação de ostras e mariscos, respectivamente. Essa facilidade de se obter frutos do mar fresquinhos facilitou a criação de muitos restaurantes. Hoje, os três bairros  juntos formam a Rota Gastronômica do Sol Poente.

Logo ao entrar no bairro, você verá a igreja Nossa Senhora das Necessidades, de 1750. Uma igrejinha linda por fora, mas não pude ver por dentro porque estava acontecendo um casamento. <3

Ao lado da igreja, temos um pequeno casario da época da colonização açoriana. Uma dessas casas é a Casa Açoriana de Artes e Tramoias, que expõe e vende artesanato local. Mesmo que não tenha intenção de comprar nada, vale a pena entrar para “dar uma olhadinha”.

A da esquerda é a Casa Açoriana de Artes e Tramóias

Descemos a rua da igreja, caminhamos pela beira mar e depois subimos uma ruazinha onde havia algumas barraquinhas e aí descobrimos que estávamos na Praça Roldão da Rocha Pires, a primeira rua calçada de Santa Catarina. E o calçamento da rua se deu em 1845, para receber o imperador D.Pedro II.

Vimos o Café da Praça e entramos pretendendo lanchar. A vitrine estava linda, com doces belíssimos, de encher os olhos, mas o preço desanimou, pois estava acima da nossa média. Um pão de queijo por R$ 7,00, uma empada por R$10,00, uma fatia de torta a R$ 15,00, um pedaço de brownie que não devia ter 10 centímetros de lado por R$ 13,70.  Um lanchinho de meio de tarde ficaria em mais de cinquenta reais… Deve valer a experiência, estava tudo mesmo lindo, mas nosso lado pão-duro econômico falou mais alto. Além disso, não estava muito vazio, lembrei das avaliações sobre o atendimento que havia lido no Tripadvisor e partimos sem provar os quitutes.

Entramos em um mercado do outro lado da rua, indo novamente em direção à igreja. Compramos dois pães de queijo, um suco, uma água e um sorvete por R$ 14,00! Descemos novamente a rua da igreja e paramos na pracinha para comprar uma cocada de um rapazinho – vários sabores, muito gostosa, por R$ 5,00.

O sol começava a baixar, então fomos para a praia. Nos sentamos em um banquinho na areia e aguardamos. Pouco a pouco, pessoas foram chegando, todas esperando para ver o pôr do sol que, segundo dizem, é o mais bonito da ilha. Não sei dizer se realmente é o mais bonito, mas que é lindão, isso é! Olha só.

Como não dá para curtir praia lá em Santo Antônio, o melhor é ir somente à tarde para apreciar o pôr do sol. Você pode almoçar em Cacupé ou Sambaqui (ou lá mesmo) e então ir para Santo Antônio dar uma voltinha enquanto aguarda o sol se pôr.  A praia tem 750 metros de extensão e a parte histórica é pequenininha, então dá para conhecer tudo em pouco tempo. Se estiver com crianças, tem um parquinho em frente à igreja. Mas, se achar que vai ficar entediado e não fizer questão de almoçar por lá, faça como a gente. Vá no meio da tarde. Foi suficiente para andar pelo bairro, lanchar e ainda esperamos a noite chegar. Aí, se você quiser, pode jantar por lá.

Panorâmica de Santo Antônio de Lisboa



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