Mineiros na Estrada

Rio Branco: a Casa dos Povos da Floresta


A Casa dos Povos da Floresta, localizada no Parque da Maternidade, foi inaugurada em 2003 para contar um pouco da cultura de seringueiros, ribeirinhos e índios.

Tem o formato de uma maloca indígena e mostra ao visitante as lendas, crenças, tradições e costumes dos povos que vivem ou viveram na floresta, por meio de painéis, representações tridimensionais, réplicas e objetos originalmente feitos pelos índios, como vestimentas,  vasos de cerâmica, objetos de cipó, cocares, colares, arcos, flechas e bolsas feitas de animais, como casco de tatu.

No chão da entrada está uma representação de pintura corporal dos índios yawanawás.

A visita é guiada e começamos aprendendo sobre o modo de vida dos ribeirinhos e seringueiros, inclusive com apresentação de utensílios diversos utilizados por eles.

Depois vamos para a parte das lendas da Amazônia, com representações tridimensionais de figuras como Mapinguari, a Mãe da Mata, o Boto, todas muito grandes. Além delas, há uma cobra de 30 metros de comprimento, confeccionada por um artesão local,  pendurada no teto da maloca, representando a Cobra Grande, ou Boiúna. Há inúmeras variações dessa lenda e, em rio Branco, dizem que a cobra vive no Rio Acre, na região da Gameleira.

Outra temática são os costumes indígenas. Começamos com os kenês feitos pelos índios kaxinawá. São, grosseiramente falando, tecidos bordados. Esses kenês lembram os desenhos dos corpos dos animais. São diferentes tipos de kenês e cada um tem uma representação e um significado diferente.

Um grande kenê está representado no chão, no espaço livre da maloca. Este espaço livre foi deixado propositalmente para representar o espaço em que os índios dançam.

A origem do kenê também envolve uma lenda. Contam que uma índia chamada Siriane observava os desenhos do corpo uma cobra. A cobra  se transformou em um índio e se propôs a ensiná-la a fazer os kenês, desde que a moça ensinasse as outras mulheres de sua tribo. Eu acabei esquecendo de fotografar os kenês, mas dá uma olhada neste site aqui para você entender o que são.

Como já havia feito a visita à Biblioteca da Floresta, a parte do modo de vida dos seringueiros ficou um pouco repetitiva, mas a parte das lendas foi bem completa.

Representação dos rios do Acre, na visão dos índios

Casa dos Povos da Floresta
Parque da Maternidade, setor B
Horário de visitação: de terça a sexta de 8h às 18h. Sábados, domingos e feriados de 16h ás 21h.
Telefone (68) 3211-2200