Mineiros na Estrada

Indo de Porto Seguro para Arraial d’Ajuda – travessia de balsa


Na nossa estada em Porto Seguro, queríamos ir um dia a Arraial d’Ajuda. Olhamos algumas coisas na internet, nos informamos na recepção do hotel e fomos por conta.

Pegamos um táxi até a balsa e enfrentamos uma longa e bagunçada fila para comprar os bilhetes, que custavam R$ 3,50 por pessoa. Aí nos mandaram esperar a balsa na casinha verde. Fomos para a casinha verde.

Abre parênteses.

Tanto na fila da bilheteria, quanto na tal casinha verde, ficam uns vendedores de água praticamente te obrigando a comprar deles, dizendo que do outro lado a água é mais cara. Quando chegamos do outro lado, a água era mais barata!

Fecha parênteses.

Na casinha verde, nos mandaram para uma fila do lado esquerdo. Estava entulhado de gente. Quando a balsa chegou, alguém gritou: “entrada do lado de cá”. Correria total. Uma bagunça horrorosa pra entrar na balsa, que vai lotada, com muitos passageiros em pé. Do lado de cá do rio Buranhém, a gente avista o lado de lá. Esquecemos de cronometrar a travessia, mas deve no máximo cinco minutos.

E funciona assim: a gente entrega o bilhete na casinha verde e pronto. Na volta, basta chegar e entrar na balsa.

Quando chegamos do lado de lá, subimos um quarteirão até a avenida de onde saem vans e kombis para as praias. Ficam muitos veículos parados e os motoristas brigam alto entre si, inclusive com ofensas e palavrões, na frente dos passageiros (que são turistas, em sua imensa maioria), pelo “direito” de sair. Como estávamos em grupo e queríamos ir juntos, fomos deixando as vans saírem, pois, na maioria das vezes, cabiam dois ou três.

TODOS os veículos saem superlotados. Nos bancos onde cabem três, vão, no mínimo, quatro. Se for criança ou magrinho, vão cinco. Na frente, vão três, além do motorista. Um motorista sugeriu que fôssemos em pé na van. E, óbvio, ninguém usa cinto de segurança.

As vans foram saindo e nós fomos ficando. Aí ninguém mais queria nos levar, porque seria desperdício carregar apenas metade da van, segundo palavras deles! Aí ficamos vários minutos lá, não passava táxi e o ônibus não ia para as praias. Achamos um casal com dois filhos e perguntamos para onde iriam. “Para qualquer praia. O que queremos é sair daqui.” Aí nos juntamos e fomos para a praia de Mucugê.

O trajeto era R$ 5,00 por pessoa. Caro, mas pense que você está pagando pelo conforto de não ter ar condicionado e de ir pele com pele com o coleguinha do lado. Além disso, nosso motorista era tão educado quanto prudente, quase não falou palavrão, quase não cortou ninguém, quase não bati a cabeça no vidro. Só que tudo ao contrário…

Despreparo total para atender o turista! Parecia que nos fazia favores.

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Quinze minutos depois chegamos à praia. Fomos dar uma voltinha para escolher uma barraca e aí descobrimos que havia uma tal consumação mínima para sentar na mesa deles. E não era pouca coisa não: variava de R$ 150,00 a R$ 250,00, dependendo da localização da mesa. E quem estava de carro, tinha que pagar para parar o carro na rua. Não era no estacionamento, não. Era na rua! E quando falamos com o garçom que era muito caro, ele nos olhou com uma cara de “ai, que pobretões” e disse que não era muito, que bastava almoçarmos que dava esse valor. E se eu não quiser almoçar? E se eu só quisesse tomar uma água de coco e comer coisas de ambulantes, que, inclusive, são muito mais simpáticos?

Quem está na chuva é pra molhar, né? Já que estávamos lá e tínhamos acabado de chegar, sentamos na mesa mais baratinha.

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Vimos pessoas reclamando do atendimento e muitas pessoas juntaram suas coisas e foram embora… pelo visto a insatisfação estava rondando por ali.

O que notamos foi, mais uma vez, um grande despreparo para atender o turista. Funcionários na praia mal humorados, além dos motoristas que já falamos lá em cima e do serviço perigoso prestado por eles.

E, no fim, tínhamos que aguentar a van outra vez, na volta!

Você já fez essa travessia Porto Seguro – Arraial d’Ajuda? Teve uma experiência diferente? Conte pra gente nos comentários como foi.