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Cataratas do Iguaçu: visitando o Parque Nacional do Iguaçu (Brasil)


O Parque Nacional do Iguaçu foi criado em 1939 para proteger o maior remanescente de floresta atlântica do sul do Brasil. Ali há exemplares belíssimos da fauna e flora do Brasil, como onças pintadas e pardas, harpias, jacarés de papo amarelo, araucárias e muitos outros. Mas, fique tranquilo. Eles não ficam dando sopa. Só vimos mesmo dezenas de quatis, alguns teiús e muitas belas aves. A riqueza biológica é tamanha que o parque é Patrimônio Natural Mundial da Unesco desde 1986.

Para ver as Cataratas do Iguaçu em sua plenitude, como já dissemos, você deve visitar os dois parques nacionais – o do Iguaçu, brasileiro, e o de Iguazú, argentino.

Entrada do Parque

Entrada do Parque

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O lado brasileiro é extremamente organizado, mas tem menos interações com as cataratas. No lado argentino, a gente tem oportunidade de chegar mais perto e de tomar mais banho de rio Iguaçu, mas, em compensação, a estrutura deixa um pouco a desejar.

Neste post nós vamos te contar como funciona o passeio às cataratas pelo lado brasileiro, o que está incluso e o que é pago à parte e dar as nossas dicas. A primeira coisa que você deve fazer é comprar seus ingressos.

Compra de ingressos

Como todo mês de fevereiro há reajuste, confira neste link a tabela de preços (janeiro de 2015: R$31,20 para adultos brasileiros). Observe que o primeiro valor é o valor geral. Depois, temos o valor para pessoas nascidas em um dos países do Mercosul e só depois estão os preços para brasileiros. Moradores de Foz do Iguaçu e municípios do entorno pagam bem menos. Crianças de até 11 anos de qualquer nacionalidade e idosos brasileiros pagam apenas o valor referente ao transporte interno no Parque (obrigatório). Quem vai de carro, o estacionamento será R$19,00 em 2015 e pode ser pago com antecedência pela internet também.

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Dica nº 1: Compre seus ingressos pela internet. Aqui tem um tutorial bem detalhado de como fazê-lo. A fila para comprar na hora é grande e quem já comprou pela internet tem atendimento preferencial. Além disso, quem compra pela internet tem 10% de desconto no restaurante e na loja de lembranças.

Loja de lembranças

Loja de lembranças

Chegando ao Parque

Neste post, você tem informações de como ir de transporte público. Logo ao chegar, você verá uma multidão, se for janeiro ou feriados, na fila para comprar ingressos. Mas, à direita, tem a fila preferencial para quem comprou pela internet. Assim que chegamos, já fomos abordados por uma funcionária do parque que nos encaminhou para essa fila. No voucher da internet consta o número de ingressos e você deve apresentar a quantidade de documentos correspondente. Já separe tudo para agilizar.

Enquanto eu estava na fila para retirar os ingressos, o pessoal aproveitou para tirar nossas dúvidas sobre o passeio extra que queríamos fazer, o Macuco Safari, e compraram os bilhetes, em outro quiosque. Dava também para comprar pela internet, mas como estávamos na dúvida se meus avós iriam, decidimos comprar lá mesmo (acabou que minha avó era quem mais vibrava).

Bilheteria vazia. Na saída, claro!

Bilheteria vazia. Na saída, claro!

Ingressos na mão, hora de ir para a fila para entrar no parque, que é bem rápida.

Locomoção no Parque

A locomoção dentro do Parque Nacional é feita por ônibus elétricos panorâmicos com pinturas temáticas. Os veículos são acessíveis e há informações e orientações em áudio em português e em inglês. Não sei a frequência, mas eles passam toda hora (o máximo que esperamos foi 10 minutos).

Tem ônibus o tempo todo. Um está parado e já tem outro ali atrás.

Tem ônibus o tempo todo. Um está parado e já tem outro ali atrás.

A primeira estação, na entrada do parque, é a a Estação Centro de Visitantes. A última é no Espaço Porto Canoas, onde está o restaurante. Entre elas, há três paradas para visitantes: a da Trilha do Poço Preto, a do Macuco Safari (ambas são para passeios opcionais pagos à parte) e a das Cataratas, que é onde você vai descer para ver a água caindo.

Não alimente os quatis

Logo que descemos do ônibus na Parada Trilha das Cataratas, já fiquei feliz! Dezenas de quatis se alimentavam por ali, na passarela e nas árvores, bem pertinho dos humanos. São lindos e fofos! Ah, e perigosos também! Uma mordida de um bichinho desses pode arrancar um pedaço da sua mão e transmitir raiva. Hora de já colocar em prática a primeira orientação ouvida no ônibus: NÃO ALIMENTE OS QUATIS! Por mais que você ame os animais e os ache inofensivos. Confesso, a carinha engana, mas vimos mais de uma vez eles brigando entre si por comida e eu presenciei um deles “voando” na mão de uma moça que saboreava um hambúrguer. Mas o principal motivo de não alimentá-los deveria ser: se comida industrializada já faz mal para humanos, quanto mais para os pobres bichinhos. O mesmo vale para os macaquinhos.

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Quati ladrão de hamgúrguer

A Trilha das Cataratas

Depois de apreciar os quatis, hora de começar a trilha. Ela é tranquila, boa parte na sombra, e tem 1200 metros de extensão. No primeiro mirante, você já tem uma boa visão de algumas quedas.

Esta é a primeira visão das cataratas!

Esta é a primeira visão das cataratas!

Localize o Farol e duas cachoeiras no meio da mata. Quando você for ao parque argentino, você os verá. As cachoeiras são conhecidas como "Duas irmãs"

Localize o Farol e duas cachoeiras no meio da mata. Quando você for ao parque argentino, você os verá. As cachoeiras são conhecidas como “Duas irmãs”

Veja que a foto parece embaçada. São os respingos da água. Aquela casinha na margem do rio é o local de onde saem os barcos do Aventura Náutica, o Macuco Safari do lado argentino.
Consegue ver uma passarela sobre as cataratas? Você passará sobre elas quando visitar o parque argentino.

Um pouco mais à frente, outro mirante e o Espaço Tarobá, com lanchonete, banheiros e lojinha de pilhas, cartões de memória, capas de chuva e onde você pode comprar fotos do fotógrafo do parque, tiradas ali no mirante. À propósito, em todo mirante tem fotógrafo do parque e isso às vezes incomoda um pouco, pois eles meio que monopolizam o lugar, dificultando bastante que nós tiremos nossas próprias fotos.

Vista do Espaço Tarobá

Vista do Espaço Tarobá

Mirante

Mirante

Daqui a gente vê uma passarela sobre as cataratas e uma mais baixa. Você irá em ambas no parque argentino. Essa queda grandona aí é o Salto Bosseti.

Daqui a gente vê uma passarela sobre as cataratas e uma mais baixa. Você irá em ambas no parque argentino. Essa queda grandona aí é o Salto Bosseti.

No meio do caminho, outro quati.

No meio do caminho, outro quati.

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Seguindo mais um pouco, há outro mirante, com outra bela vista.

Mais um mirante...

Mais um mirante…

... e sua vista

… e sua vista

E, mais um pouquinho, você chega à passarela, onde pode tomar o primeiro banho de cataratas. Guarde o que não puder molhar. Capas de chuva são vendidas na entrada da passarela, caso o que você não puder molhar seja você mesmo. A gente foi com tudo. E foi a primeira vez que fomos tomados pelo espírito da gargalhada ali no rio Iguaçu. Era uma sensação tão boa que chega a ser indescritível. A visão das quedas, o barulho, a água sobre o corpo. É lindo até olhar para as pessoas. Todo mundo feliz, rindo como criança por estar no meio do rio, sendo molhado pelos respingos daquele mundaréu de água.

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Fotos ruizinhas tiradas com o celular molhado lá na passarela

Fotos ruizinhas tiradas com o celular molhado lá na passarela

Nós, molhados na passarela, numa foto difícil tirada com o celular molhado

Nós molhados na passarela, numa foto difícil tirada com o celular também molhado

Voltando pela passarela, siga à direita e chegará ao Espaço Naipi, outra belíssima vista das cataratas, pertinho de uma queda que forma o Salto Floriano e onde a gente toma um leve banho. É aqui também que a gente pega um elevador panorâmico. Lá do alto, mais uma vista de tirar o fôlego! Conseguimos avistar também a Garganta do Diabo e a passarela que leva até ela, lá do lado argentino. No Espaço Naipi há banheiros, lanchonete, loja de lembranças e muitos quatis.

Espaço Naipi, piso inferior

Espaço Naipi, piso inferior

Passarela vista do Espaço Naipi

Passarela vista do Espaço Naipi

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Vista do mirante do alto do elevador

Vista do mirante do alto do elevador

Vista do alto do elevador

Vista do alto do elevador

Do alto do mirante a gente vê o pessoal lá embaixo... e aranhas, muitas aranhas!

Do alto do mirante a gente vê o pessoal lá embaixo… e aranhas, muitas aranhas!

Dali, siga pela direita até o Espaço Porto Canoas, onde há duas lanchonetes, um restaurante, banheiros e outra loja de lembranças. Temos uma vista da parte superior do rio Iguaçu, da Garganta do Diabo e do pessoal na passarela do lado de lá.

Pessoal do lado de lá, na Argentina, na Passarela Garganta do Diabo

Pessoal do lado de lá, na Argentina, na Passarela Garganta do Diabo

Rio Iguaçu Superior, Garganta do Diabo e respingos

Rio Iguaçu Superior, Garganta do Diabo e respingos

Aqui termina a parte do passeio que está inclusa no ingresso do parque. Se você já terminou, pegue o ônibus e volte para a primeira estação (provavelmente, dá tempo de ir ao Parque das Aves). Se não, desça nas estações correspondentes. Mas a essa altura, você já deve estar com fome…

Quatis brigando por comida

Quatis brigando por comida

Alimentação dentro do parque

Os preços em todas as lanchonetes são tabelados. Para você ter uma ideia, o salgado era R$6,00. No Espaço Porto Canoas, uma das lanchonetes vende combos de hambúrguer, batata frita e refrigerantes. Sanduíches naturais estavam R$12,00.

Lanchonete no Porto Canoas

Lanchonete no Porto Canoas

Restaurante Porto Canoas

Restaurante Porto Canoas

O almoço era R$48,00 por pessoa, buffet livre, sem bebidas e sem sobremesa. Como nosso momento ostentação do dia era o Macuco Safari, comemos sanduíches e salgados mesmo.

Veja opiniões sobre o restaurante aqui.

Passeios opcionais

Luau – é um passeio guiado que acontece em noites de lua cheia, do Espaço Naipi ao Porto Canoas, com jantar incluso. Deve ser comprado com antecedência. Mais informações aqui.

Trilha do Poço Preto – fica na primeira parada do ônibus. É uma trilha de 9km, que pode ser feita a pé, de bicicleta ou de veículo elétrico, no meio da floresta. Depois, chega-se a uma ilha por meio de uma ponte de 500 metros, de onde se tem vista panorâmica da floresta e da Lagoa do Jacaré. Após, há passeio de barco pelo rio. O trajeto é feito com guia e a duração é de 3,5 a 4 horas. É necessário comprar pela internet e reservar o horário (9h30, 12h ou 14h) por email. Valor (adulto) em janeiro de 2015: R$135,00. Mais informações aqui.

Trilha das Bananeiras – fica na segunda parada do ônibus, a Macuco Safari, só que é do lado oposto ao da entrada do Macuco. É uma trilha de 1,6km feita a pé ou em veículo elétrico. Após, há passeio de barco pelo rio. O trajeto é feito com guia e a duração é de 2,5 a 3 horas. É necessário comprar pela internet e reservar o horário (10h30, 13h ou 15h) por email. Valor (adulto) em janeiro de 2015: R$105,00. Mais informações aqui.

Trilha das Bananeiras – curto – é a versão reduzida do anterior, com uma hora de duração. Valor (adulto) em janeiro de 2015: R$80,00. Mais informações aqui

Caminhada das Bananeiras – é só a trilha de 1,6km, sem o passeio de barco. Valor (adulto) em janeiro de 2015: R$30,00. Mais informações aqui..

Macuco Safari – começa na segunda parada de ônibus, a Macuco Safari. É composto por trilha percorrida em carretinha elétrica, mais trilha a pé por 600 metros (opcional. Se preferir, pode ir da carretinha direto para o barco), mais passeio de barco até as cataratas. Preço (adulto) em janeiro de 2015: R$179,00. Nós fizemos este passeio e contamos tudo aqui.

Macuco Safari só selva – é o passeio de cima, sem a parte do barco. Custa metade do preço. Mais informações aqui.

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Dicas e orientações

  • Use roupas bem leves, confortáveis e que sequem rápido. Especialmente no parque argentino você vai andar muito. Nos pés, voto em um par de tênis. Se gostar de boné, será bem vindo;
  • Não saia das trilhas;
  • Não arranque plantas;
  • Não alimente os animais e isso inclui os fofos dos quatis;
Quati dando uma coçadinha

Quati dando uma coçadinha

  • Beba muita água;
  • Use muito protetor solar;
  • Se você se incomodar com mosquitos, use repelente. Não tivemos problemas com isso, mas…
  • Se não quiser se molhar, use capa de chuva.
Dica extra: ande olhando para o chão. Pode haver borboletas!

Dica extra: ande olhando para o chão. Pode haver borboletas!

Continue nos acompanhando para ficar por dentro de mais dicas sobre Foz do Iguaçu.

Parque Nacional do Iguaçu
Rodovia BR 469 – KM18 Foz do Iguaçu – Paraná – Brasil
CEP: 85855-750
Tel.: 55 (45) 3521-4400
http://www.cataratasdoiguacu.com.br

Horário de funcionamento: diariamente, de 9h às 17h
Valores: clique aqui

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14 comentários em “Cataratas do Iguaçu: visitando o Parque Nacional do Iguaçu (Brasil)

  1. Olá! Você visitou o lado argentino? Como estou indo numa época que as fronteiras estão fechadas, não vou conseguir visitar, mas acredito que o lado brasileiro também é muito bacana de se conhecer.

  2. Oi Gê!
    Estou encantada com o site e todas as informações bem detalhadas.
    Minha dúvida é: estou indo no final da primeira quinzena de junho e atualmente (final de maio) as temperaturas estão oscilando entre 27º e 13º. Estou com muito medo de estar fazendo muito frio no dia que for visitar as Cachoeiras pq vou fazer o Macuco Safari. Já vi relatos de que mesmo com a capa de chuva a pessoa ainda se molha toda. Caso esteja com roupas de frio vai ficar difícil andar com esse peso extra.
    Sei que no início do passeio, na parte dos visitantes tem o guarda volumes (vou direto do aeroporto e irei precisar), mas a dúvida é: depois que deixar a mala no guarda volumes eu vou poder descer para os próximos passeios com mochila? Ou TUDO fica lá no início mesmo?

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