Mineiros na Estrada

Parque das Aves – passeio imperdível em Foz do Iguaçu


(Atualizado em novembro de 2019)
O Parque das Aves é praticamente uma parada obrigatória em Foz do Iguaçu. Local de facílimo acesso, com ônibus coletivo na porta e a apenas 300 metros do Parque Nacional do Iguaçu, abriga mais de 1000 aves de 200 espécies diferentes e permite ao visitante um contato muito próximo com os animais.

Não é um passeio como a um zoológico, por exemplo. Há muitos viveiros imensos, nos quais você pode entrar e ficar cara a cara com uma arara, um papagaio ou um tucano.

Além disso, o Parque das Aves é conhecido por cuidar de aves apreendidas das mãos de criminosos do tráfico de animais. Muitas chegam feridas, com asas cortadas, com bico quebrado, cegas, impossibilitadas de voltar para floresta. E o Parque cuida de todas! Cinquenta por cento das aves que ali vivem chegaram apreendidas pela Polícia Ambiental, Polícia Federal e Ibama, oriundas do tráfico ou de posse ilegal ou eram vítimas de maus tratos. Há também as que foram vítimas de acidentes, como quedas de ninho, por exemplo. As outras nasceram no parque. O parque aceita e cuida de todos os animais em seu hospital veterinário, mesmo as aves que não têm condições de serem expostas.

Como tudo começou

Anna e Dennis Croukamp eram um casal de alemães que morava na Namíbia. Um dia, ganharam de presente um papagaio-do-congo e se apaixonaram. Anos mais tarde, surgiu a oportunidade de se mudarem para Foz do Iguaçu e decidiram criar um parque de aves. Compraram o terreno, removeram os detritos e a Anna, que era médica veterinária, começou a estudar onde seria melhor construir os viveiros e criou as trilhas. Muitos apoiaram o projeto. O Ibama enviou animais confiscados.

Em 6 de outubro de 1994, foi inaugurado o Parque das Aves de Foz, menos de um ano depois da chegada do casal ao Brasil. Dennis faleceu em julho de 1996 e, infelizmente, não pôde ver a dimensão que seu projeto tomou. Mas o trabalho continuou e só cresceu. Hoje é o maior parque de aves da América Latina, tem o maior viveiro de araras e a maior colônia de ararajubas do mundo e recebe mais de meio milhão de visitantes por ano.

Como é a visita

Antes de entrar, dê uma paradinha para observar o lago de carpas, próximo à bilheteria.

Ao entrar você recebe um mapinha do parque, mas não há risco de se perder. A trilha é única e toda sinalizada. Não há escadas e o percurso estava bem conservado, portanto, acessível. No trajeto há banheiros e uma lanchonete. Guarda-parques estão em vários pontos para tirar dúvidas e orientar.

A primeira atração a Árvore da Vida, papagaios, periquitos, garças e filhotes de coruja.

Árvore da Vida ao fundo
Corujinhas na Árvore da Vida – Foto: Aninha Gonçalves

Há um viveiro com muitos flamingos chilenos e africanos, mas eles não se misturam. Cada um no seu canto.

Apreciamos também um maravilhoso jardim de bromélias.

Depois, entramos no primeiro viveiro: o Floresta. Ali vemos pertinho mutuns, siriemas, perdigões (aquele mesmo, o da marca) e lindos tucanos. Como não se encantar?

Mais adiante, entramos em outro viveiro, o Pantanal. Também há vários tucanos e muitas, mas muitas garças vermelhas.

Após, chegamos aos répteis. Vimos um dos cinco filhotes de jacaré e soubemos que sua mamãe falecera havia poucos dias. Só restou o pai para cuidar deles.

No viveiro das jiboias, era hora do almoço. Ficamos um tempão olhando as danadinhas se alimentarem. (Os ratinhos já eram colocados sem vida)

É neste ponto onde está a lanchonete e foi aqui também que um sapo enorme e com cara de mau veio tranquilo entre os visitantes. Pelo jeito é importante andar olhando para o chão.

Mais à frente, temos a harpia, o urubu-rei, emas, grous coroados, pavão e alguns outros.

Urubu-rei
Grou-coroado

Depois, ararajubas e mais tucanos. Lindíssimos!

E, enfim, é hora de entrar no viveiro das araras. É muito legal! São muitas, mas muitas araras fazendo barulho e voando sobre a gente. De vez em quando, soltam uma aguinha lá cima, como se fosse uma chuva fina, e aí elas fazem a maior festa.

Esse aí estava solitário lá no viveiro das araras

Adiante, entramos no borboletário. É bom também olhar para o chão. São muitas borboletas voando soltas no viveiro.

(Não precisa ter medo – aquela história de que pó de borboleta deixa a pessoa cega é lenda de vó. No máximo, pode causar uma alergiazinha se você enfiar o dedo sujo no olho)

Há também as várias fases da metamorfose e duas aranhas caranguejeiras – presas, frisemos!

Seguindo, vemos corujas e o lindo, escandaloso e bravo casuar australiano.

E, então chegamos ao final, com o recinto das araras e o das jiboias mansas, onde você pode enfrentar uma fila para tirar foto com os animais. No dia em que fomos, estava muito calor e a jiboia estava muito agitada, então a deixaram quietinha. Temos aqui também o último viveiro, o dos papagaios cinzentos.
Atualização (Novembro de 2016): Atualmente, a interação com as araras somente é possível dentro do passeio opcional Backstage Experience. A interação com jiboias não acontece mais. Mais informações no site oficial.

Aqui no final, temos a loja de lembranças e o restaurante. Eu almocei um prato gigante, que custou cerca de R$22,00, com arroz, salada, batata frita, ovo e dois bifes grandes. Não consegui comer tudo, embora estivesse delicioso. Se você não for daqueles que comilões dá para dividir. Sanduíches custavam cerca de R$8,00. (Em dezembro de 2016)

Os bifes e o ovo estavam por baixo das batatas

A maioria das pessoas faz o trajeto em cerca de duas horas e de lá vão para o Parque das Cataratas. Mas, se você for um biólogo ou um louco por animais, pode ficar o dia inteiro, como a minha irmã Aninha fez!

Passeio recomendadíssmo!

Nota: Os Mineiros na Estrada visitaram o Parque das Aves a convite. Agradecemos ao Parque e à Jakline, que nos guiou durante a visita!

Parque das Aves

Av. das Cataratas, km 17.1 – ao lado do Parque Nacional do Iguaçu
Tel.: 45 – 3529-8282
Horário de funcionamento: 8h30 às 17h
Como ir de ônibus ao Parque das Aves – leia aqui
Valor em novembro de 2019: R$ 45,00 para brasileiros – confira os valores no site oficial. Estudantes e idosos pagam meia.