Atualizado em novembro de 2016
A Cidade Velha, o Centro Histórico de Montevidéu, é um bairro pequeno, aquela pontinha do mapa. Como eu amo lugares históricos, sou super suspeita para falar, mas acho que, se você quer explorar BEM o bairro, pode gastar dias ali. São muitas edificações antigas e é muito gostoso andar a pé admirando a arquitetura. Além disso, a concentração de museus interessantes é incrível. Claro que não fomos em todos, mas vamos listar todos para que você possa escolher os que vai visitar.
A ordem do roteiro você quem vai definir. Pode começar pela Plaza Independencia e ir caminhando em direção ao Mercado del Puerto ou o contrário, dependendo do seu interesse, dos locais que pretende visitar e dos seus horários, para combinar com os horários de funcionamento das atrações.
Oficialmente, a Ciudad Vieja começa na Puerta de la Ciudadela, mas eu incluí a Plaza Independencia no mapa, pois se você está na Puerta, lógico que vai ver a Plaza.
Até 1829, a Ciudad Vieja era rodeada por uma muralha para proteger a cidade de invasões. Hoje, podemos ver o que era a a sua porta, a Puerta da Ciudadela (D). Do lado de fora, está a Plaza Independencia (A) e do lado de dentro, a Peatonal Sarandi, uma rua fechada, onde só passam pedestres.
A Plaza Independencia é muito bem cuidada e bonita. Ali há um monumento em homenagem ao General Artigas, um importante militar que atuou com relevância nas lutas pela independência e, abaixo desse monumento, o mausoléu onde estão seus restos mortais e que pode ser visitado (no fim de semana, porém, quando fomos, estava fechado).
É bem agradável ficar por ali e passam muitos turistas, mas, se estiver vazia, não fique dando mole. No sábado à tarde, Guto e eu sentamos ali para descansar, após termos ido e voltado a pé ao/do Mercado del Puerto. A praça estava bem vazia – havia apenas alguns poucos casais turistando. Um homem se aproximou e pediu uma moeda. Não tínhamos. Quando abrimos a boca ele já falou: “¡Son brasileños! ¿Quieren comprar un pasaporte?” 😱🏃🏻♂🏃🏻♀
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Da Plaza Independencia vemos o belíssimo Palacio Salvo (B), construção de 27 andares, inaugurada em 1928 e que já foi o edifício mais alto da América Latina.
Ainda na praça, vemos o Palacio Esteves, ou Palacio del Gobierno (C), onde era a sede da presidência do país. Hoje funciona um museu chamado Museu de la Casa de Gobierno, mas também estava fechado. Ao lado desse Palacio, está a Torre Ejecutiva (E), um prédio de vidro onde funciona a sede do poder executivo uruguaio atualmente.
Da Plaza Independencia se vê o Teatro Solís (F). Contemple-o por fora e veja os horários de visitas guiadas.
Leia também: Visita guiada ao teatro Solís
Do lado de dentro da Puerta de la Ciudadela, na Peatonal Sarandi, está o Museo Torres García (G), que expõe as obras desse pintor e escritor uruguaio.
Continuando pela Sarandi, chegamos à Plaza Constitución (H), também chamada de Plaza Matriz. É uma praça muito bonita, cheia de árvores (tudo bem que quando fomos estavam todas desfolhadas, mas achei lindo do mesmo jeito). Estava acontecendo uma feirinha de tudo: roupas, bugigangas, antiguidades.
Ali está o Cabildo (I), construído entre 1804 e 1812 (cabildos eram órgãos de administração existentes em colônias espanholas) e que atualmente abriga o Museu e Arquivo Histórico Municipal. Porém, desde 2012 está em reforma, a qual estava prevista para durar quatro anos. Então, pelo menos até 2016, nada de visitas, a não ser em três salinhas empoeiradas, segundo nos disseram. Mas nós não conseguimos ver nem a fachada, que estava toda coberta.
Atualização (novembro de 2016): O Cabildo está aberto! Funciona de segunda a sexta das 12h às 17h45 e aos sábados das 11h as 17h. A entrada é gratuita.
Do outro lado da praça está a Catedral de Montevidéu (J). Eu nunca tinha entrado em uma catedral antes e fiquei boquiaberta com a grandiosidade da obra. E dizem que a de Montevidéu nem é tão bonita assim. Foi construída entre 1790 e 1804. Abriga restos mortais de personalidades como Juan Antonio Lavalleja, aquele dos Trinta e Três Orientais de quem já falei, e Fructuoso Rivera, primeiro presidente uruguaio. Vale dar uma passadinha rápida.
Ao lado da Catedral, está o Museu Gurvich (K), que mostra a obra do artista nascido na Lituânia, mas que foi ainda criança para o Uruguai, juntamente com sua família judia, em 1932, fugindo da 2ª Guerra Mundial.
Seguindo a rua do Cabildo, em direção à 25 de Mayo, temos o Museu Figari (L), outro museu específico para expor obras de um artista uruguaio, o Pedro Figari.
Na Calle Rincón, próximo à Praça, está o Museu Andes 1972 (M), que, na minha opinião, é um dos lugares mais legais da cidade.
Leia também: Museu Andes 1972, em Montevidéu: tragédia e sobrevivência nos Andes
Na Bartolomé Mitre, pode-se ver ruínas da antiga muralha que cercava a Ciudad Vieja, no Espacio Cultural Al Pie de la Muralla (N). Seguindo a mesma rua, temos o Museu das Migrações (O).
Bem próximos um do outro, temos cinco museus que foram residências de José (Giuseppe) Garibaldi (P), Antonio Montero (também chamado de Museu Romântico) (Q) e Fructuoso Rivera (R), Juan Francisco Giró (S), Juan Antonio Lavalleja (T). Os cinco fazem parte do Museu Histórico Nacional.
Continuando a caminhada, chegamos à Plaza Zabala (U), de 1890, que tem esse nome em homenagem ao fundador de Montevidéu, Bruno Maurício de Zabala. Na praça temos o Palacio Taranco (V), que foi o primeiro teatro de Montevidéu e hoje abriga o Museu de Artes Decorativas.
Seguindo a 25 de Mayo, encontramos o MAPI (W), Museu de Arte Precolombino e Indígena, que nós visitamos.
Dali é só descer a Pérez Castellano até chegar ao Mercado do Porto (X) e ao Museu do Carnaval (Y).
Viu só o tanto de atrações somente em um bairro de Montevidéu? E ainda tem gente que diz que lá não tem nada para fazer…
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Ouvi dizer que recomendam não andar nessa parte da cidade depois das 16h, é realmente muito violento?
Oi, Annie. É o centro da cidade, então depois que o comércio fecha, fica meio deserto. Eu só andei lá durante o dia e não vi nada de “diferente”.
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Ei Gê, esse roteiro que você fez ai dá pra fazer todo a pé?
Oi, Bruna! A gente fez tudo a pé. Com um calçado confortável foi super tranquilo.