Mineiros na Estrada

Museu do Gaúcho e da Moeda, em Montevidéu


Engana-se quem pensa que gaúcho é apenas o adjetivo pátrio usado para o nascido no Rio Grande do Sul. São chamadas de gaúchas as pessoas da região do vale do Rio da Prata que praticam a pecuária em propriedades denominadas de estâncias. Assim, não são só os do Rio Grande do Sul que são gaúchos, mas todos aqueles da região dos pampas uruguaios e argentinos.

Toda a história gaúcha é mostrada no fabuloso Museo del Gaucho e de la Moneda (em espanhol se diz gaucho, com ditongo). Na verdade, são dois museus em um só. O prédio, histórico, já é belo por fora. Trata-se do Palacio Heber Jackson, construção de três andares, de 1896, que era a residência de Jackson. Por dentro, igualmente belo, já valeria a visita mesmo que não fosse um museu, apenas para apreciar a arquitetura.

(Desculpem-me pela qualidade das fotos, que foram tiradas com celular e a iluminação lá não favorece.)

Embora não seja um museu muito grande, pode-se passar um bom tempo ali, devido à qualidade de seu acervo.

Entrada do Museu do Gaúcho e da Moeda

Museu da Moeda

Nessa parte do museu, conta-se a história da moeda e sua evolução através do tempo. Pudemos ver todas as moedas já usadas no Uruguai, desde o período colonial, durante o tempo da união das províncias do Rio da Prata, além de moedas da Roma, Grécia e Egito antigos, Portugal e Espanha. Já imaginou ver ao vivo uma dracma e um denário?  Há grande quantidade de moedas de cobre, prata, níquel, alumínio e ligas,  medalhas comemorativas e notas, além de caixas registradoras, uma bilheteria e balanças.

Museu do Gaúcho

A história, cultura, tradições, artesanato e instrumentos gaúchos são mostrados nessa ala do museu. O acervo é o maior do país, resultado de 25 anos de pesquisas, estudo, busca, aquisição e restauro. Há várias peças que foram fruto de doações, enquanto algumas foram adquiridas em leilão.

Vimos várias guampas, que é como chamam os chifres do gado, de vários tamanhos e utilidades: eram usados como isqueiros, depósitos para pólvora, vinho, azeite, leite ou mel, instrumentos musicais de sopro usados para o pastoreio ou mesmo para fazer música, quando usavam várias guampas de diversos tamanhos. Alguns guampos recebiam decoração, até com prata!

O couro era um elemento muito importante para os gaúchos. Com ele se produziam selas, chicotes, laços, vestimentas e boleadores, uma arma herdada dos povos indígenas.

O museu também expõe muito objetos de prata, esporas, isqueiros, facas, facões, vestimentas e indumentárias, armas de fogo, cuias e bombillas.

Nesse vídeo (em espanhol), você vê um pouco sobre os museus.

Museo del Gaucho e de la Moneda

Av. 18 de Julio, 998, Centro (fica a quatro quarteirões da Praça Independência)
Horário de funcionamento: de segunda a sexta-feira, de 10h às 16h.
Entrada franca


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