Mineiros na Estrada

Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses: passeio de voadeira pelo rio Preguiças


Depois de explorarmos um pouco a região dos Grandes Lençóis, era dia de fazer um passeio diferente, pelo rio Preguiças, em direção aos Pequenos Lençóis. Pontualmente às 8h20 o motorista da Vale dos Lençóis estava na Pousada para nos levar até o porto de Barreirinhas, que fica na avenida Beira Rio, bem na concentração dos restaurantes.

Ali pegamos a lancha voadeira para o passeio pelo Rio Preguiças, fazendo três paradas: Vassouras, Mandacaru e Caburé. No passeio regular, a voadeira retorna para Barreirinhas às 14h30, após o almoço em Caburé, a úlitma parada do passeio. Só que nós negociamos para ficarmos em Atins, então, após o almoço deixamos o grupo. Vem ver como é este passeio.

Durante o passeio avistamos o Parque Eólico

O passeio de voadeira pelo Rio Preguiças

A lancha saiu do porto às 9h e fomos com o barqueiro Edilson, um senhor extremamente simpático e cheio de conhecimento sobre a região.

Senhor Edilson parava o barco para explicar sobre as plantas nativas, como o babaçu é o açaí, que no Maranhão e chamado de juçara. Até entrou em um igarapé para nos mostrar as raízes aéreas das árvores.

Raízes aéreas

O passeio pelo Rio é delicioso e muito seguro. O uso do colete é obrigatório e há fiscalização regularmente, pela Capitania dos Portos.

Primeira parada: Vassouras

A primeira parada foi em Vassouras, onde há um restaurante de apoio, mas nós nem chegamos a visitar. Aqui a atração maior são os macaquinhos que moram nas redondezas e estão superacostumados com as pessoas. Ficam soltos esperando comida – essa parte é meio pega turista porque eles vendem frutas para os turistas alimentarem os animais. A gente apenas observou por uns momentos, pois eles são mesmo uma fofura, e fomos ver o que mais a natureza tinha a oferecer ali.

Uns poucos passos além dessa área dos macacos nos deparamos com uma duna um pouco íngreme (mas não tanto quanto a da Lagoa Bonita).

Macaquinho em Vassouras

Nós tínhamos deixado os chinelos no barco e arrependemos porque a areia aqui estava muito quente, ao contrário do que aconteceu nos Grandes Lençóis. Após uma subida difícil, tanto pela quentura quanto pela inclinação, avistamos a lagoa e o Parque Eólico ao longe. Havia uma segunda duna rodeando a lagoa e muitas pessoas lá em cima. A vista do parque eólico deve ser muito bacana, mas, como a parada era só de 40 minutos, ou íamos pra lagoa ou subímos a duna. Escolhemos a lagoa por motivos de: tava calor pra caramba.

A água é meio fria e não é cristalina como nos Grandes Lençóis, mas valeu o refresco.

Vassouras

De volta ao barco, em 20 minutos chegamos à segunda parada: Mandacaru.

Segunda parada: Mandacaru

Em Mandacaru a atração principal é o farol. Se você não estiver em grupo, ou seja, se estiver com um passeio privado, pode optar por almoçar aqui ao invés de comer em Caburé. Segundo nos informaram, os preços são bem mais atraentes aqui.

Nós desembarcamos e fomos direto para o farol, que funciona desde 1940 e é mantido pela Marinha do Brasil que controla, inclusive, o acesso dos turistas.

Farol de Mandacaru

São 160 degraus, divididos em lances de 20. É bem cansativo, mas dá para descansar entre um lance é outro. Lá em cima, a 35 metros de altura, a vista é maravilhosa. Dá para ver o Oceano Atlântico, dunas, o rio Preguiças, o parque eólico e muita vegetação.

Porém, precisamos alertar aqui que é perigoso! A mureta de proteção é muito baixinha. Eu que sou tampinha, tenho apenas 1,60 m, estava com a mureta na altura do meu quadril. O Guto estava com a mureta no meio da coxa. Como fica muito cheio lá em cima, os turistas ficam todos se empurrando para conseguir a melhor vista e, claro, a melhor selfie. Qualquer desajeitado que empurrar com mais força o coleguinha, pode causar um desequilíbrio. Guto, que é muito alto, não gostou da experiência.

Vista do Farol

Voltamos para o barco e em cinco minutos estávamos em Caburé.

Terceira parada: Caburé

E gostamos mais ainda do senhor Edilson, que foi o primeiro guia que não parou direto em determinado restaurante. Ele nos perguntou onde queríamos ficar.

Como ninguém sabia, paramos no Cabana do Peixe, que o Edilson alertou que era caro, mas que tinha uma comida bastante elogiada pelos turistas.

Pedimos um filé de pescada amarela que estava muito bom, mas que foi a refeição mais cara que fizemos nos Lençóis. Os pratos para duas pessoas custavam, em média,  R$ 100,00 e era para duas pessoas, mesmo – nós, que costumamos largar comida, rapamos tudinho.

Nassa refeição

O restaurante fica às margens do Rio Preguiças, e a uma “pequena” distância da praia. É meio que um perto longe, sabe? Para ir a pé, sob o sol das 13h, é muito longe. Então há serviços de moto para levar quem quer ir a praia.

Outro serviço oferecido é o de passeio de quadriciclo, aproveitando a grande faixa de areia que há ali. Em julho de 2017 estava R$ 50,00 para meia hora.

Tem redário do restaurante, mas no dia que fomos deu treta porque ele estava reservado para um grupo de motociclistas que chegaria mais tarde. Teve gente achando ruim porque queria usar a rede até dar a hora de embora e não podia, mas havia comprado por agência um passeio com descanso de uma hora e meia nas redes do restaurante.

Redário

Nossa ida para Atins

Às 13h40, seu Edilson nos levou até o Porto de Atins e depois voltou para subir com grupo de volta a Barreirinhas (a saída do grupo seria às 14h45).

 É bem pertinho, devemos ter gastado uns 10 minutos de lancha.

Em Atins, ficaríamos na Pousada Jurará, que havia nos dito que teria um carro deles nos esperando.

O porto na verdade é só um local de embarque e desembarque, sem píer, sem placa, sem nada. Um dos barqueiros que estava lá disse que o menino da pousada tinha acabado de sair para levar umas pessoas que tinham chegado poucos minutos antes – “mas ele volta”, garantiu.

De fato, não demorou muito para que o Taylor chegasse.

Nossa cara, minha é do Guto, deve ter sido muito engraçada ao vermos que o o carro, na verdade, era um quadriciclo. Fomos os dois na garupa, um de cada lado. Mas depois nós entendemos que ali em Atins é assim que as pessoas se locomovem. Nós nos acomodamos na pousada e demos uma volta no vilarejo, mas aí já é assunto para outro post.

No dia da volta, fomos para o Porto de Atins e o barqueiro que fazia o passeio regular do dia foi nos buscar. Daí fomos para Caburé, encontramos com o grupo que tinha acabado de almoçar e retornamos para Barreirinhas.

Chegando em Caburé

Passeio de voadeira pelo rio Preguiças

Valor do passeio regular: R$ 70,00 (em julho de 2017)
Valor para ficar em Atins: R$ 90,00 e mais R$ 90,00 para voltar (em julho de 2017)
(preços que pagamos em julho de 2017)

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