Passeio pela Foz do Rio São Francisco

O terceiro passeio que fizemos na nossa semana em Aracaju foi para a Foz do Rio São Francisco. A mesma agência nos pegou no hotel e seguimos até Brejo Grande, último município no litoral norte sergipano, na divisa com Alagoas, a 135 km da capital. O Rio São Francisco deságua na divisa entre os dois Estados, tendo Brejo Grande do lado sergipano e Piaçabuçu do lado alagoano.

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Abre parênteses.

No dia anterior, quando voltávamos do passeio para o Xingó, uma pessoa da agência ligou para o nosso guia, na van, e pediu para falar conosco. Era para alterar o horário da saída de 6h30 para as 7h. Beleza! Mas aí, adivinha o que aconteceu? Chegaram às 6h30! Com a van cheia, só faltava a gente. Alguns de nós ainda tomavam café e foi uma correria total. Resultado: esquecemos a máquina boa e só levamos a chinfrin. Por isso a qualidade das fotos não está lá grandes coisas.

Fecha parênteses.

Em Brejo Grande, pegamos uma escunazinha (em um ponto onde a população ribeirinha lavava suas roupas) e navegamos pelo rio São Francisco até sua foz. Na escuna, um guia local, nascido em Piaçabuçu e chamado de Perereca, foi nos apresentando as curiosidades da região. É bonito ver o amor com que ele fala do rio, a dor que ele demonstra ao narrar que a seca é percebida dia a dia, notada pela diferença no leito do rio, e o orgulho com que conta que fez uma pequena participação no filme Deus é Brasileiro, gravado ali em Piaçabuçu.

E o encontro das águas é realmente lindo. Pena que as fotos não conseguem mostrar como é, já que não dá para chegar muito perto, por razões de segurança, e também pela (falta de) potência da maquininha que levamos.

Paramos na foz para banho (no rio, pois não dá pra entrar no mar, que é revolto) e compras. Há vários ribeirinhos vendendo artesanatos lindos e baratinhos, além de doces deliciosos e igualmente baratos. Eu garanti a minha lembrança por R$10,00, mas havia coisinhas menores e mais baratinhas. A paisagem é linda! Entre as dunas, piscinas naturais de água salgada e coqueiros ornam ainda mais o lugar.

Na volta, o guia da agência explica que o trabalho do Perereca é voluntário e pede uma contribuição para ajudá-lo. Passa-se o boné do Perereca para recolher as ofertas. Se é verdade, eu não sei, mas ele foi tão agradável, tão simpático, tão espontâneo e tão fotógrafo (saía atrás do grupo para bater fotos o tempo todo) que todo mundo acaba contribuindo.

Depois, paramos em Piaçabuçu, para o almoço que, no nosso caso, estava no pacote, e, aí retornamos para o local onde estava a van.

E aí, depois de um dia inteiro de passeio, cansados e doidos para voltar, a van não ligava de jeito nenhum. Esperamos quase uma hora. Não sei o que arrumaram, mas depois ela ligou. E aí, pegamos congestionamento na entrada de Aracaju. E a chegada ao hotel, que estava prevista para 18h, aconteceu às 20h30.

Mas valeu a pena! No fim das contas, o que a gente lembra mesmo é do Velho Chico se juntando ao mar!