Mineiros na Estrada

EPIC Museum em Dublin: museu totalmente interativo dedicado à emigração irlandesa



A Irlanda é um país que sofreu muitíssimo com guerras e com fome. Como resultado disso, 10 milhões de irlandeses emigraram em busca de sobrevivência e, com sorte, de uma vida melhor.

O EPIC Museum, ou Museu da Emigração Irlandesa, localizado nas Docklands, em Dublin, é um museu inteiramente dedicado a contar como e por que se deram as emigrações e quais impactos e consequências imediatas e a longo prazo as ondas migratórias tiveram. Tudo isso em um ambiente totalmente interativo e imersivo. O museu mostra a realidade da emigração. Nem todo mundo que saiu do país conseguiu alcançar o que procurava. Muitos se arrependeram de ter deixado sua terra natal. Isso é emigrar.

Sabia que o Seguro Viagem é altamente recomendável para viajar para a Europa?
Cote aqui e viaje protegido. Use o cupom MINEIROS5 para ter 5% de desconto.

Como é a visita ao EPIC Museum

O EPIC Museum fica às margens do Rio Liffey, a um quilômetro do Spire, no centro de Dublin. Logo na recepção você recebe um passaporte para carimbar em cada uma das galerias. Nós achamos muito divertido e ainda pudemos guardá-lo como uma lembrança do passeio.

Passaporte EPIC

Primeiramente, somos encaminhados para os guarda-volumes, pois não é permitido entrar com bolsas e mochilas. Porém, é permitido fotografar. Caso você queira, pode alugar um audioguia por 2 euros ou baixar gratuitamente o aplicativo do museu no seu celular. Ainda não tem a versão em português, mas tem em espanhol. Recomendo fortemente o audioguia, pois enriquece demais a visita.

O EPIC museu é dividido em 4 grupos de galerias, totalizando 20 no total: Migração (galerias 1 e 2), Motivação (galerias 4 a 7), Influência (galerias 8 a 18) e Diáspora Hoje (galerias 19 e 20).

Veja aqui tudo o que já publicamos sobre a Irlanda

O museu é todo interativo e montado de uma maneira muito lúdica e didática, de modo que a gente nem vê o tempo passar. Começamos, obviamente, na galeria 1 e, quando assustamos, já estávamos finalizando a visita, compreendendo muito mais da História da Irlanda e dos irlandeses que tiveram que deixá-la.

Conhecemos alguns dos emigrantes por nome e sobrenome e suas histórias são contadas por atores, o que nos faz sentir mais conectados e gera muita empatia.

Aprendemos que foram muitas as causas de fuga: perseguição religiosa, preconceitos contra homossexuais, pobreza.

Nem todos, porém, saíram da Irlanda fugindo das condições de vida. Alguns foram seguindo suas crenças ou vocações. Vimos que religiosos saíram em missões de evangelismo, professores foram em trabalhos de educação, profissionais da saúde em ações como as hoje realizadas pelos Médicos sem Fronteira e muitos outros saíram em missões humanitárias.

Está gostando do blog? Então, curta nossa página no Facebook!

A principal razão do êxodo, contudo, foi a fome. Entre 1845 e 1852, um milhão de irlandeses morreram de fome e outro milhão saiu do país devido ao que ficou conhecido como “A Grande fome”. Tudo começou com uma crise “natural”, uma praga nas batatas, que era a principal fonte de alimentação na época. A praga, associada às revoluções contra os ingleses e o pouco caso destes, que dominavam o país, causou prejuízos irreparáveis e incalculáveis. Um deles foi o enfraquecimento do idioma irlandês, uma vez que muitos de seus falantes estavam mortos ou fora do país, levando à consolidação do idioma inglês, que gradativamente passou a ser mais e mais falado no país. Nos anos que se sucederam, especialmente entre 1852 e 1910, 5 milhões de pessoas deixaram a Irlanda. Proporcionalmente, foi o país europeu que mais teve emigrações em toda história.

Depois de vermos as causas pelas quais os irlandeses saíram do país, passamos a ver o que eles alcançaram em outras terras.

Ficamos sabendo sobre grandes personalidades que têm ascendência irlandesa, como JK Kennedy, Charles de Gaulle, Grace Kelly e muitos outros. Além disso, vimos quais as contribuições de irlandeses em várias áreas do conhecimento como anatomia, neurociência, astronomia, geografia e geologia.

Personalidades com ascendência irlandesa

Aprendemos quais os países que mais receberam imigrantes irlandeses. Imaginem a nossa surpresa ao sabermos que a Argentina é um deles.

Uma coisa muito legal é que o museu não trata os irlandeses como se fossem o povo mais legal do mundo. Como em qualquer lugar, há gente de caráter duvidoso e há uma seção mostrando irlandeses que acabaram se destacando, mas negativamente, no mundo do crime.

Os irlandeses inglórios

Por fim, vemos a influência cultural da Irlanda, nas artes, na literatura, na culinária (e nas cervejas), no esporte, na música e na dança. E, claro, não poderia faltar o grupo que a gente tanto admira, o Riverdance. Dá até para arriscar uns passos seguindo pegadas no chão.

Influência dos irlandeses na Literatura Irlandeses destaque nos esportes

Informações e dicas

Compre seu ingresso com antecedência com nosso parceiro Tiqets

Gostou? Salve no Pinterest e consulte sempre que quiser:

O blog Mineiros na Estrada visitou o EPIC Museum a convite.